segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Segunda, 30 de setembro

A Restauração

Simão, filho de João, amas-Me mais do que estes outros? João 21:15

Pedro jamais se esqueceu da dolorosa cena de sua humilhação. Não se esqueceu de que negara a Cristo. Jamais pensou que, afinal, aquele não fosse um pecado tão grande assim. [...]


Nenhuma restauração pode ser completa, a menos que alcance o fundo do coração com o poder transformador do Espírito Santo. Sob a influência do Espírito Santo, Pedro permaneceu em pé diante de uma congregação de milhares de pessoas, e em santa ousadia desafiou os ímpios sacerdotes e príncipes com o próprio pecado de que ele mesmo havia sido culpado. [...]


Por três vezes, após Sua ressurreição, Cristo pôs Pedro à prova: “Simão, filho de João”, disse Ele, “amas-Me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo. Ele lhe disse: Apascenta os Meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu Me amas? Ele Lhe respondeu: Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as Minhas ovelhas” (v. 15, 16). [...]


Quando, pela terceira vez, Jesus perguntou a Pedro “Tu Me amas?”, a prova alcançou o âmago de seu ser. Ao se sentir julgado, Pedro caiu sobre a Rocha, dizendo: “Senhor, Tu sabes todas as coisas, Tu sabes que eu Te amo” (v. 17). [...]


Afirmam alguns que se uma pessoa tropeça e cai não poderá jamais retomar sua posição. Entretanto, o caso que está diante de nós diz o contrário. Antes de Pedro havê-Lo negado, Cristo lhe disse: “Quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22:32). Confiando-lhe aos cuidados as pessoas pelas quais Ele depusera a vida, deu Cristo a Pedro a maior prova de estar convencido de sua recuperação. [...]


Pedro era então suficientemente humilde para compreender as palavras de Cristo. Sem mais questionar, o discípulo antes inquieto, orgulhoso, confiante em si mesmo tornara-se submisso e contrito. Passou realmente a seguir seu Senhor – a quem ele havia negado. O pensamento de que Cristo não o havia negado nem rejeitado foi para Pedro uma luz, conforto e bênção. [...]


Cristo é nossa torre forte, e Satanás não pode exercer poder sobre aquele que anda com Deus em humildade de espírito. [...] Se nos apoiarmos em nossa própria sabedoria, essa nossa sabedoria se mostrará insensatez. Se nos dedicarmos abnegadamente ao trabalho, não nos afastando no mínimo ponto dos princípios, o Senhor nos envolverá com Seus braços eternos e Se tornará um poderoso auxiliar (Youth’s Instructor, 22 de dezembro de 1898).

domingo, 29 de setembro de 2013

Domingo, 29 de setembro

A Negação

Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo Te negarei. Marcos 14:31

A razão por que tantos professos discípulos de Cristo caem em graves tentações é não possuírem eles o devido conhecimento de si mesmos. Foi nesse ponto que Pedro foi tão profundamente examinado pelo inimigo. Caso pudéssemos compreender a própria fraqueza, veríamos tanto a fazer por nós mesmos que humilharíamos o coração sob a potente mão de Deus. [...]


Atente para a conduta seguida por Pedro. Sua queda não foi instantânea, mas gradual. Passo a passo, até que o pobre pecador negou seu Senhor, pronunciando blasfêmias e xingamentos. […]


O cantar do galo lembrou Pedro das palavras de Cristo e, surpreso e atônito, ele se voltou e olhou para o Mestre. Simultaneamente, Cristo olhou para Pedro. Sob aquele olhar aflito em que se misturavam amor e compaixão por ele, Pedro se conheceu. De maneira vívida e impressionante, suas presunçosas palavras brotavam-lhe na mente: “Ainda que todos se escandalizem, eu, jamais!” (v. 29). “Estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte” (Lc 22:33). E ainda negou seu Senhor com imprecações e blasfêmias!
Entretanto, Pedro não foi deixado no desespero. O olhar de Cristo trouxe um raio de esperança ao discípulo pecador. Leu ali as palavras: “Pedro, sinto muito por ti. Como estás triste e arrependido, Eu te perdoo.” Enquanto Pedro passava por essa profunda humilhação, enfrentando terrível luta com as forças satânicas, lembrou-se das palavras de Cristo: “Eu roguei por ti.” Essas palavras lhe trouxeram preciosa segurança. [...]


Tão certamente como fez Pedro, muitos dos que fazem parte do professo povo de Deus, que guarda os mandamentos, desonram e trazem humilhação sobre seu melhor Amigo – Aquele que pode salvá-los completamente. O Senhor, porém, deseja restaurar para Si todos aqueles que O envergonharam por manterem uma conduta em desacordo com as Escrituras.


Pedro pecou contra a luz e o conhecimento, e contra grandes e exaltados privilégios. Foi a confiança em si mesmo que o levou a cair, e é esse mesmo mal que está agora atuando no coração das pessoas. Talvez seja nosso intuito ser justos e fazer o que é direito, mas com toda a certeza erraremos, a menos que sejamos constantes discípulos na escola de Cristo. Nossa única segurança consiste em andar humildemente com Deus (Youth’s Instructor, 15 de dezembro de 1898).

sábado, 28 de setembro de 2013

Sábado, 28 de setembro

A Oferta de Maria

Por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. Marcos 14:6

A festa na casa de Simão reuniu muitos dos judeus, pois sabiam que Cristo estava lá. Eles foram não somente para ver Jesus. Muitos tinham curiosidade


de ver a pessoa que fora ressuscitada dos mortos. Eles pensavam que Lázaro teria maravilhosas experiências a relatar. Admiraram-se de que não lhes dissesse nada. [...] Porém, Lázaro tinha um maravilhoso testemunho a ser dado quanto à obra de Cristo. Para esse fim fora ressuscitado. Ele era um vivo testemunho do poder divino. Com convicção e poder, declarava ser Cristo o Filho de Deus. [...]


À mesa achava-Se Jesus, tendo a um lado Simão, a quem curara de repugnante doença, e do outro lado estava Lázaro, a quem ressuscitara. Marta servia à mesa, mas Maria escutava ansiosamente toda palavra que saía dos lábios de Jesus. Em Sua misericórdia, Jesus perdoara seus pecados, que tinham sido muitos e graves. Lázaro, seu amado irmão, tinha sido chamado do sepulcro e devolvido à sua família pelo poder do Salvador, e o coração de Maria estava cheio de reconhecimento. Ela almejava honrá-Lo. Com grande sacrifício para si, havia comprado um vaso de alabastro de “bálsamo de nardo puro” (Jo 12:3) para com ele ungir-Lhe o corpo em Sua morte. Mas agora, quebrando o vaso de unguento, derramou o conteúdo sobre a cabeça e os pés de seu Mestre.


Seus movimentos passariam despercebidos, não fosse o unguento ter enchido a sala com sua rica fragrância, declarando a todos os presentes a ação dela. “E os seus discípulos, vendo isso, indignaram-se, dizendo: Por que este desperdício?” (Mt 26:8). Judas foi o primeiro a fazer menção, e outros estavam prontos a se juntar a Ele. [...]


Jesus viu Maria se retirar envergonhada, esperando ouvir uma repreensão dAquele a quem ela amava e adorava. Mas, em lugar disso, ouviu palavras de reconhecimento: “Por que molestais esta mulher?”, disse Ele. “Ela praticou boa ação para comigo. [...] Em verdade vos digo: Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua” (v. 10, 13). [...]


Cristo deleitou-Se no sincero desejo de Maria em fazer a vontade de seu Senhor. [...] O desejo que Maria tivera de realizar aquela homenagem ao seu Senhor foi de mais valor para Cristo do que todo precioso unguento do mundo, porque expressava o apreço por seu Redentor (Youth’s Instructor, 12 de julho de 1900).

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Sexta, 27 de setembro

O Contraste Entre Judas e João

Em verdade, em verdade vos digo que um dentre vós Me trairá. João 13:21

As oportunidades e vantagens oferecidas a João foram concedidas também a Judas. Os mesmos princípios da verdade foram expostos à sua compreensão. Ele tinha o mesmo exemplo do caráter de Cristo para contemplar e imitar. Judas, porém, não se tornou um praticante das palavras de Cristo. Os maus desejos, as paixões vingativas, os pensamentos soturnos e tenebrosos foram alimentados até que Satanás alcançou sobre ele pleno controle. João andou na luz e aproveitou as oportunidades a ele concedidas para vencer. Judas, entretanto, escolheu cultivar seus defeitos, recusou-se a ser transformado à imagem de Cristo e, consequentemente, tornou-se um representante do inimigo de Cristo, manifestando os atributos do maligno. Quando Judas se pôs em contato com Jesus, tinha alguns preciosos traços de caráter que poderiam ter se tornado uma bênção para a igreja. Se ele tivesse estado disposto a tomar o jugo de Cristo, tornando-se manso e humilde de coração, teria sido contado entre os principais apóstolos. Mas endureceu o coração quando lhe eram apontados os defeitos e, de forma orgulhosa e rebelde, preferiu suas ambições egoístas, incapacitando-se assim para a obra que Deus lhe teria dado a fazer. João e Pedro, embora imperfeitos, foram santificados pela verdade.


Acontece hoje o mesmo que acontecia nos dias de Cristo. Da mesma forma que os discípulos foram reunidos, cada um com diferentes falhas, manifestando alguma tendência herdada ou cultivada para o mal, assim também, em nossos relacionamentos na igreja, encontramos homens e mulheres de caráter defeituoso. Nenhum de nós é perfeito. Mas, em Cristo e por meio dEle, devemos fazer parte da família de Deus, aprendendo a nos tornar um na fé, na doutrina, no espírito, para que finalmente possamos ser recebidos em nossas eternas moradas. Passaremos por provas, teremos nossos ressentimentos, nossas diferenças de opinião, mas se Cristo habitar em nosso coração, não haverá dissensões.


O amor de Cristo conduzirá ao amor de uns para com os outros, e as lições do Mestre colocarão em harmonia todas as diferenças, trazendo-nos em unidade até que sejamos todos de um mesmo espírito e um só parecer. Cessará a luta pela supremacia e não haverá disputas sobre quem será considerado o maior. [...]


As lições dadas a Pedro, Judas e outros discípulos são proveitosas para nós também. Elas têm especial importância para este tempo (Signs of the Times, 20 de abril de 1891).

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Quinta, 26 de setembro

Milagrosa Transformação

O Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. Lucas 9:56

João foi o discípulo amado de Jesus porque nEle cria, era fiel e amava seu Mestre com devoção. Seu amor por Cristo era caracterizado por simplicidade e fervor. Muitos há que pensam ser esse amor por Cristo algo natural ao caráter de João, sendo o discípulo frequentemente representado por artistas com uma suave e lânguida aparência feminina. Entretanto, essas representações são totalmente incorretas. João e seu irmão foram chamados “filhos do trovão” (Mc 3:17). João era um homem de caráter decidido, mas havia aprendido as lições do grande Mestre. Tinha defeitos de caráter, e qualquer forma de menosprezo demonstrado para com Jesus despertava sua indignação e agressividade. Seu amor por Cristo era o amor de alguém que foi salvo pelos méritos de Jesus, mas juntamente com esse amor havia maus traços de caráter que deveriam ser vencidos. Em certa ocasião, ele e seu irmão reclamaram o direito de ocupar a mais alta posição no reino do Céu. Em outra situação, proibiu um homem de expulsar demônios e curar os enfermos porque não pertencia ao grupo dos discípulos. Certa vez, quando viu seu Senhor ser desprezado por samaritanos, queria fazer descer fogo do Céu para consumi-los. Cristo, porém, o repreendeu, dizendo: “O Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.”


No caráter e nos ensinos de Cristo, os discípulos tiveram tanto o preceito como o exemplo, e Sua graça foi o poder transformador que operou mudanças extraordinárias na vida de cada um. Os traços naturais de caráter, o espírito de crítica, desejo de vingança, ambição e mau gênio faziam parte do caráter do discípulo amado. Necessitavam ser vencidos para que pudesse se tornar um representante de Cristo. Ele não era apenas ouvinte, mas ativo praticante das palavras de seu Senhor. Aprendeu com Jesus a ser manso e humilde de coração. [...] Esse foi o resultado do seu companheirismo com o Mestre. [...]


Necessitamos manter constante vigilância, pois estamos nos aproximando da volta de Cristo. Estamos nos aproximando do tempo em que Satanás operará “com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2Ts 2:9, 10). Precisamos estudar o Modelo e nos tornar semelhantes a Jesus que era manso, humilde de coração e imaculado. Devemos nos lembrar sempre de que Deus está perto de nós. Todas as coisas, grandes e pequenas, estão sob Seu controle (Signs of the Times, 20 de abril de 1891).

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Quarta, 25 de setembro

Exemplo de Confiança e Oração

O teu Deus, a quem tu continuamente serves, Ele te livrará. Daniel 6:16

Por causa de suas orações a ­Deus, foi lançado na cova dos leões. [...] Mas Daniel continuou a orar, mesmo em meio aos leões. Teria Deus Se esquecido de Seu fiel servo, permitindo que fosse destruído? Oh, não! Jesus, o poderoso Comandante dos exércitos celestiais, enviou Seu anjo para fechar a boca daqueles leões famintos, para que não fizessem dano àquele homem de oração. Tudo agora era paz naquela cova terrível. O rei testemunhou a preservação de Daniel e lhe ­conferiu inúmeras honras, ao passo que aqueles que tramaram sua morte foram totalmente exterminados com suas esposas e filhos, da mesma horrível maneira pela qual planejavam destruir Daniel.
Por meio da força moral desse homem que escolheu, mesmo em face da morte, seguir a conduta correta em vez de agradar a outros, Satanás foi derrotado, e o nome de Deus foi honrado. [...]


Daniel foi um gigante moral e intelectual. No entanto, não alcançou essa preeminência de uma hora para outra, sem esforço. Ele estava continuamente buscando maior conhecimento, tendo em vista mais elevadas realizações. Outros jovens tinham as mesmas vantagens, mas não dedicaram, como ele, todas as energias em busca da sabedoria – o conhecimento de Deus como revelado em Sua Palavra e em Suas obras. Daniel era apenas um jovem quando foi levado a uma corte pagã a serviço do rei de Babilônia. Por ser ainda bastante jovem quando foi exposto a toda sorte de tentações de uma corte oriental, sua nobre resistência ao erro e sua firme adesão ao direito são os pontos em que mais é admirado. Seu nobre exemplo deve comunicar força aos provados e tentados, mesmo no tempo presente. [...]


Através da história de Daniel, podemos aprender que a estrita conformidade com as reivindicações divinas se provará uma bênção, não somente na futura vida imortal, mas também na vida presente. Sendo fiéis aos princípios religiosos, os seres humanos podem triunfar sobre as tentações de Satanás e as artimanhas dos ímpios, muito embora lhes custe grande sacrifício. [...]


Estamos vivendo no mais solene período da história deste mundo, quando o último conflito entre a verdade e o erro está sendo travado. Necessitamos de coragem e firmeza pelo que é reto, confiando fervorosamente em Deus, assim como fez Daniel (Signs of the Times, 4 de novembro de 1886).

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Terça, 24 de setembro

A Entrega de Daniel

Ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa. Daniel 6:4

Ao constituir Dario os cento e vinte príncipes sobre as províncias do seu reino, e sobre eles três presidentes, a quem os príncipes dariam conta, lemos que “Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino” (v. 3). Anjos maus, porém, temendo a influência desse bom homem sobre o rei e os negócios do reino, instigaram a inveja nos príncipes e presidentes. Esses homens ímpios observavam Daniel de perto, a fim de encontrar nele alguma falta que pudessem relatar ao rei, mas não obtiveram êxito. “Ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.”


Então Satanás pro­curou fazer de sua fé em ­Deus um motivo para destruí-lo. Fazendo grande tumulto, os presidentes e príncipes foram até o rei e disseram: “Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores concordaram em que o rei estabeleça um decreto e faça firme o interdito que todo homem que, por espaço de trinta dias, fizer petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões” (v. 7). O orgulho do rei foi alimentado. Não tinha conhecimento da armadilha engendrada contra Daniel. Então, atendeu ao pedido.


O decreto foi assinado e se tornou uma das leis irrevogáveis dos medos e persas.


Esses homens cheios de inveja não acreditavam que Daniel seria infiel ao seu Deus ou que vacilaria em sua firme lealdade aos princípios, e eles não estavam errados na estimativa do caráter dele. Daniel tinha em mente o valor da comunhão com Deus. Com total conhecimento sobre o decreto do rei, ainda se ajoelhava para orar três vezes ao dia, “onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém” (v. 10). Ele não procurou ocultar seu ato, embora soubesse muito bem quais seriam as consequências de sua fidelidade a Deus. Ele sabia dos perigos que assediavam seu caminho, mas seu espírito não vacilou. Ante os que estavam tramando sua ruína, ele não permitira sequer a aparência de que sua ligação com o Céu estava interrompida. [...]


Ele sabia que ninguém, nem mesmo o rei, tinha o direito de se interpor entre sua consciência e Deus, interferindo na adoração que prestava ao seu Criador (Signs of the Times, 4 de novembro de 1886).

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Segunda, 23 de setembro

Fé Recompensada

Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e Ele vos entregará nas nossas mãos. 1 Samuel 17:47

Que exemplo de coragem e sublime fé demonstrou o simples pastor de ovelhas diante dos exércitos dos israelitas e dos filisteus. Havia um tom de intrepidez em sua voz, um aspecto de triunfo e regozijo em seu belo rosto. [...]

Ao pronunciar Davi em alta voz as palavras de confiança e triunfo, a ira de Golias subiu até ao mais alto ponto. Em sua raiva, empurrou o capacete que lhe protegia a testa e se lançou para frente a fim de vingar-se de seu oponente. O filho de Jessé se preparava para seu adversário. Ambos os exércitos observavam com o mais intenso interesse. “E sucedeu que, levantando-se o filisteu e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu. E Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa, e a pedra se lhe cravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra” (v. 48, 49).


O espanto se estendeu pelas fileiras dos dois exércitos. Estavam certos de que Davi seria morto, mas, quando a pedra saiu zunindo pelo ar, diretamente ao alvo, viram o grande guerreiro tremer e tatear no vazio, como se estivesse ferido de súbita cegueira. O gigante vacilou, cambaleou e tombou ao chão. Davi não esperou um momento sequer. Ele não sabia que [o gigante] já estava morto. Saltou sobre o corpo prostrado do filisteu e com ambas as mãos se apoderou da pesada espada de Golias. Um momento antes, o gigante se enaltecia de que com ela separaria dos ombros a cabeça do jovem e daria seu corpo às aves do céu. Naquele momento, ela serviu para realizar a vontade do servo de Deus. Foi ela erguida ao ar, então a cabeça do escarnecedor rolou, separada do pescoço, e um brado de exultação subiu do acampamento de Israel.


Os filisteus foram tomados de terror. Eles sabiam que a causa estava perdida. Em horror e confusão, bateram em desordenada retirada. [...] As aclamações dos hebreus triunfantes [...] alcançavam os inimigos que fugiam. Eles “seguiram os filisteus até chegar ao vale e até às portas de Ecrom [...]. Davi tomou a cabeça do filisteu, e a trouxe a Jerusalém. Porém, pôs as armas dele na sua tenda” (v. 52, 54) (Signs of the Times, 10 de agosto de 1888).

domingo, 22 de setembro de 2013

Domingo, 22 de setembro

Em Nome do Senhor

Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. 1 Samuel 17:45

Davi tirou a armadura do rei e, em lugar dela, tomou apenas seu cajado, com seu alforje de pastor e uma simples funda. Escolhendo cinco pedras lisas do ribeiro, guardou-as e, com a funda na mão, aproximou-se do filisteu. O gigante deu ousadamente largos passos para frente, esperando encontrar o mais poderoso dos guerreiros de Israel. Seu escudeiro ia adiante dele, e parecia como se nada lhe pudesse resistir. Ao se aproximar mais de Davi, viu apenas um rapaz que, pela sua idade, podia se dizer que era um menino. O rosto de Davi tinha o aspecto rosado sadio, e sua forma esbelta, desprotegida de armadura, mostrava-se exposta. Entre o perfil do moço e as sólidas proporções do filisteu, havia um acentuado contraste.

Golias encheu-se de surpresa e ira. Sua indignação irrompeu em palavras com o propósito de aterrorizar e oprimir completamente o ousado jovem à sua frente. “Sou eu algum cão”, exclamou ele, “para tu vires a mim com paus?” (v. 43). Então o filisteu derramou sobre Davi as mais terríveis maldições por todos os deuses que conhecia. E bradou com escárnio: “Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do campo” (v. 44). Essa arrogante ameaça só serviu para inspirar o jovem com a mais elevada coragem, fazendo arder em seu coração um entusiasmo ainda maior para silenciar o inimigo de seu povo. Davi não fraquejou diante do campeão dos filisteus. Sabia que estava prestes a lutar pela honra de Deus e pela libertação de Israel, e seu coração estava tranquilo e cheio de esperança.
Dando passos à frente, disse ao seu adversário, em uma linguagem ao mesmo tempo simples e eloquente: “Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão; e ferir-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel” (v. 45, 46) (Signs of the Times, 10 de agosto de 1888).

sábado, 21 de setembro de 2013

Sábado, 21 de setembro

Fé Simples

Hoje, afronto as tropas de Israel. Dai-me um homem, para que ambos pelejemos. 1 Samuel 17:10

Durante quarenta dias, o exército de Israel havia tremido diante do pretensioso desafio do gigante filisteu. O coração desfalecia dentro deles ao olharem para as dimensões de sua estrutura corporal, medindo seis côvados e um palmo de altura [aproximadamente 3,2 metros]. Trazia à cabeça um capacete de bronze e achava-se vestido de uma armadura que pesava cinco mil ciclos [mais de 70 quilos]. Tinha também grevas de bronze sobre as pernas [proteção usada para as canelas e joelhos]. A armadura era feita de lâminas de bronze que se sobrepunham umas às outras, semelhantes às escamas de um peixe. Estavam tão intimamente unidas, que nenhum dardo ou seta poderia de qualquer maneira perfurá-la. [...]


Por 40 dias, pela manhã e à tarde, Golias havia se aproximado do acampamento de Israel, dizendo em alta voz: “Para que saireis a ordenar a batalha? Não sou eu filisteu, e vós, servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim. Se ele puder pelejar comigo e me ferir, seremos vossos servos; porém, se eu o vencer e o ferir, então, sereis nossos servos e nos servireis. [...] Ouvindo, então, Saul e todo o Israel essas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito” (v. 8-11). Ninguém ousou ir contra esse pretensioso gigante, até que Davi, tomado de indignação diante das arrogantes palavras desse idólatra, apresentou-se a Saul como alguém que estava disposto a lutar para a glória de Deus e honra de Israel.


Embora Saul tivesse dado a Davi permissão para aceitar o desafio de Golias, o rei tinha pouca esperança de que Davi fosse bem-sucedido em sua ousada iniciativa. Foi dada ordem para vestir o jovem com a própria armadura do rei. O pesado capacete de bronze foi-lhe posto na cabeça; e a armadura, sobre o corpo; a espada do rei estava ao seu lado. Assim equipado, saiu ele para desempenhar sua incumbência, mas não demorou muito para que começasse a retroceder. [...] O primeiro pensamento na mente dos espectadores ansiosos foi que Davi havia resolvido não arriscar a vida enfrentando um adversário em um encontro tão desigual. Mas isso estava longe do pensamento do bravo moço. [...]


Voltando a Saul, pediu permissão para tirar a pesada armadura, dizendo: “Não posso andar com isto, pois nunca o experimentei” (v. 39). [...] Que exemplo de coragem e sublime fé demonstrou o simples pastor de ovelhas diante dos exércitos dos israelitas e dos filisteus (Signs of the Times, 10 de agosto de 1888).

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sexta, 20 de setembro

Deus Provê

Sob a Tua palavra lançarei as redes. Lucas 5:5

João foi um dos primeiros a reconhecer Jesus como o Messias. Ouviu a pregação de João Batista e sabia que ele havia sido enviado como o precursor dAquele que era a Esperança de Israel. Para João e André, João Batista apontou Jesus como “o Cordeiro de Deus”. [...] Jesus os viu seguindo-O e convidou-os a irem à Sua humilde morada. Ficaram com Ele aquela noite e, ao saírem de Sua presença, tinham plenamente confirmada a fé em Seu caráter divino e em Sua missão.


André foi em busca de seu irmão, Simão, e o trouxe a Jesus, saudando-­­o com a declaração: “Achamos o Messias” (Jo 1:41). No dia seguinte, Jesus chamou Felipe para segui-Lo. [...]


Daí em diante, André, Pedro, Tiago e João passaram a ser conhecidos como discípulos de Jesus. [...]


Embora eles assistissem às pregações de Jesus e passassem bastante tempo em Sua companhia, ainda continuavam em seu humilde trabalho. Mas havia chegado o tempo em que eles deveriam deixar suas redes, seus barcos de pesca e estar mais intimamente ligados a Jesus. Multidões O seguiam em Seu ministério. Então, ao ensinar junto ao lago de Genesaré, “aconteceu que, ao apertá-Lo a multidão para ouvir a palavra de Deus” (Lc 5:1), Ele entrou no barco de Pedro e dali ensinava o povo espalhado na encosta às margens do lago. “Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar” (v. 4).


Pedro respondeu que haviam trabalhado toda noite e não tinham pego coisa alguma. O trabalho havia sido infrutífero, mesmo em uma época própria para a pesca, e não havia probabilidade alguma de êxito naquele momento, “mas”, respondeu Simão, “sob a Tua palavra lançarei as redes”


(v. 5). Assim foi feito, e a quantidade de peixes foi tão grande que a rede não pôde contê-los. Tiago e João, companheiros de André e Pedro, foram chamados para ajudá-los. [...]


Uma obra importante e solene estava diante deles. Deviam abandonar seu único meio de subsistência e gastar sua vida em abnegados esforços para salvar os pecadores que perecem. Antes, porém, de chamá-los para essa vida de renúncia e dependência de Deus, o amoroso Salvador mostrou-lhes que, como Senhor do Céu e da Terra, Ele era plenamente capaz de suprir todas as necessidades deles (Signs of the Times, 8 de janeiro de 1885).

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Quinta, 19 de setembro

A Vitória de Deus

Disse o Senhor a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam a água Eu vos livrarei. Juízes 7:7


Depois da derrota dos midianitas, as notícias de que o Deus de Israel de novo combatera por Seu povo se espalharam rapidamente [...]. Palavra alguma pode descrever o terror das nações circunvizinhas, quando souberam do simples meio que havia prevalecido contra o poder de um povo ousado e guerreiro.



Até onde as notícias se espalharam, todos sentiram que a vitória deveria ser atribuída unicamente a Deus. Assim, o nome do Senhor foi glorificado; a fé do povo de Israel, fortalecida; e seus inimigos, relegados à vergonha e à desmoralização.



Não é seguro para o povo de Deus adotar as regras e costumes dos ímpios. Os princípios e métodos de trabalho divinos são amplamente diferentes dos praticados pelo mundo. A história das nações não apresenta qualquer vitória semelhante à conquista de Jericó ou à ação que derrotou os midianitas. Nenhum general de exércitos pagãos jamais conduziu uma batalha como Josué e Gideão. Essas vitórias nos ensinam a lição de que o único firme fundamento do sucesso é o auxílio divino combinado com o esforço humano. Aqueles que confiam na própria sabedoria e em suas habilidades certamente serão decepcionados. A única conduta segura em todos os planos e propósitos da vida consiste em preservar a simplicidade da fé. Humilde confiança em Deus e obediência fiel à Sua vontade são tão essenciais para o cristão ao travar a luta espiritual como foram para Gideão e seus bravos companheiros ao guerrearem nas batalhas do Senhor.



Os mandamentos de Deus devem ser obedecidos sem reservas, independentemente da opinião do mundo. Esse ensino não deve ser desconsiderado por aqueles que ocupam posições de responsabilidade entre seus semelhantes. […] Todos devem aproveitar com responsabilidade cada privilégio religioso e consultar a Deus diariamente para conhecer a vontade dEle. A vida e as palavras de Cristo devem ser diligentemente estudadas; e Seus ensinos, alegremente obedecidos. Portanto, aqueles que cingirem a armadura da justiça não precisam temer os inimigos de Deus. Podem estar certos da presença e da proteção do Capitão dos exércitos do Senhor. [...]



O Senhor está desejoso de proporcionar a Seu povo uma preciosa experiência. […] Deseja ensiná-los a submeter sua razão e vontade a Ele incondicionalmente. Então verão e saberão que nada podem por si mesmos; que Deus é tudo em todos (Signs of the Times, 21 de julho de 1881).

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Quarta, 18 de setembro

Estratégia Surpreendente

Pelo Senhor e por Gideão! Juízes 7:18

Por direção divina, foi-lhe sugerido um plano de ataque. [...] [Gideão] dividiu seus trezentos homens em três grupos. A cada homem foi dada uma trombeta e um cântaro de barro contendo uma tocha acesa. Ele então posicionou seus homens de tal maneira que conseguiram rodear todo o acampamento dos midianitas. Esses homens foram previamente instruídos sobre como deviam proceder, e à meia-noite, a um sinal dado por Gideão, as três companhias soaram suas trombetas, quebraram os cântaros e ergueram as tochas gritando todos a uma só voz: “Espada pelo Senhor e por Gideão!”


(v. 20). O clarão emitido pelas trezentas tochas penetrando na escuridão da meia-noite e o poderoso grito vindo das trezentas vozes unidas subitamente despertaram o exército que dormia. Julgando-se sob o ataque de uma força esmagadora, os midianitas ficaram tomados de pânico. Seguiu-se uma terrível cena de total confusão. Em seu terror repentino, fugiram em todas as direções e, tomando seus companheiros como inimigos, mataram-se uns aos outros.


Espalhando-se a notícia da vitória, milhares de homens de Israel que haviam sido despedidos para suas casas voltaram e se uniram em perseguição do inimigo que fugia. Gideão também enviou mensageiros à tribo de Efraim, solicitando que se pudessem em guarda nos vaus do Jordão, de modo que os fugitivos não escapassem para o leste.


Nessa terrível derrota, pereceram nada menos que cento e vinte mil dos invasores. Quebrou-se o poder dos midianitas, de modo que nunca mais puderam fazer guerra contra Israel. O restante dos quinze mil que conseguiram escapar atravessando o rio foram perseguidos por Gideão e seus fiéis trezentos, sendo completamente derrotados. […]


Por causa do orgulho e da ambição dos filhos dos homens, Deus escolheu realizar Suas poderosas obras através dos mais simples e humildes meios.


Seu cuidado pelas obras da criação é incansável e incessante. Quando os homens saem para seu trabalho diário ou quando se acham entregues à oração, quando repousam à noite e quando se erguem de manhã, quando o rico se banqueteia em seu palácio ou quando o pobre reúne seus filhos em torno da mesa escassa, sobre cada um o Pai celestial vigia com ternura. [...]


Em humilde oração e fé confiante, podemos buscar o conselho de Deus. […] Então, todos os nossos atos serão governados pela discrição, nossas energias serão corretamente dirigidas (Signs of the Times, 14 de julho de 1881).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Terça, 17 de setembro

Ouvinte Oculto

Desce tu com teu moço Pura ao arraial; e ouvirás o que dizem. Juízes 7:10, 11

Ao se colocar Gideão à frente dos trinta mil homens para guerrear contra os midianitas, pôde ver que, a menos que Deus operasse em favor de Israel, sua causa não tinha esperança. Pela ordem divina, as forças hebreias haviam sido reduzidas pelas sucessivas provas, até que ficaram com ele apenas trezentos homens para confrontar aquela multidão incontável. Não é de admirar que seu coração tenha se abatido intimamente ao pensar no conflito do dia seguinte.


Porém, o Senhor não deixou seu fiel servo em desespero. Ele falou a Gideão à noite e ordenou-lhe que, juntamente com Pura, seu fiel auxiliar, descesse ao acampamento dos midianitas, dando a entender que ali ele ouviria algo que o deixaria animado. Ele foi. Esperando nas trevas e no silêncio, ouviu um soldado, que havia acabado de acordar, relatar um sonho a seu companheiro: “Eis que um pão de cevada torrado rodava pelo arraial dos midianitas, e chegava até às tendas, e as feriu, e caíram, e as transtornou de cima para baixo, e ficaram abatidas” (v. 13).


O outro respondeu com palavras que agitaram o coração do ouvinte oculto: “Não é isto outra coisa, senão a espada de Gideão, filho de Joás, varão israelita. Deus tem dado na sua mão aos midianitas, e a todo este arraial” (v. 14).


Gideão reconheceu a voz de Deus falando-lhe por meio desses estrangeiros midianitas. Sua fé e coragem foram grandemente fortalecidas, e se regozijou ao ver que o Deus de Israel poderia operar através dos meios mais simples para lançar por terra o orgulho dos homens. Confiante e cheio de esperança, voltou para os poucos homens sob seu comando, dizendo: “Levantai-vos, porque o Senhor entregou o arraial dos midianitas nas vossas mãos” (v. 15). [...]


Como o pão derrubou a tenda sobre a qual ele caiu, da mesma maneira aquele punhado de israelitas iria destruir seus numerosos e potentes inimigos.


Por direção divina, foi-lhe sugerido um plano de ataque, o qual imediatamente ele se pôs a executar. [...]


Que lições de humildade e fé podemos aprender ao seguir os tratos de Deus com Suas criaturas (Signs of the Times, 14 de julho de 1881).

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Segunda, 16 de setembro

Qualificações dos Escolhidos

É demais o povo que está contigo, para Eu entregar os midianitas nas suas mãos; Israel poderia se gloriar contra Mim, dizendo: A minha própria mão me livrou. Juízes 7:2

A coragem de Gideão foi grandemente fortalecida pelas evidências do favor divino a ele concedidas. Sem demora, saiu com suas tropas para combater os midianitas. Entretanto, outra severa prova de fé o aguardava. Com uma imensa hoste de invasores espalhada diante dele, os trinta e dois mil hebreus pareciam, em contraste, um simples punhado. Então, veio a ele a palavra do Senhor: “É demais o povo que está contigo, para Eu entregar os midianitas nas tuas mãos; Israel poderia se gloriar contra Mim, dizendo:

A minha própria mão me livrou. Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte e retire-se da região montanhosa de Gileade” (v. 2, 3). [...]


Pelo fato de seu exército ser tão pequeno em comparação com o do inimigo, Gideão se abstivera de fazer a proclamação usual. Ficou surpreso com a declaração de que seu exército era extremamente grande. Mas o Senhor via o orgulho e a incredulidade no coração de Seu povo. Despertados pela motivação estimulante de Gideão, alistaram-se com prontidão, mas muitos ficaram cheios de medo quando viram a multidão de midianitas. [...]


Em vez de serem muitos, os israelitas viam que eram muito poucos em número, mas Gideão obedeceu à determinação do Senhor. Com coração pesaroso, viu partirem [...] mais de dois terços de sua força total [...]


De novo veio a ele a palavra do Senhor: “Ainda há povo demais; faze-­os descer às águas, e ali tos provarei; aquele de quem Eu te disser: este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele de quem Eu te disser: este não irá contigo, esse não irá” (v. 4). [...]
Alguns apressadamente tomaram um pouco de água na mão e a beberam enquanto andavam, mas quase todos se curvaram sobre os joelhos e comodamente beberam da superfície da corrente. Os que tomaram água com as mãos foram apenas trezentos dentre os dez mil. No entanto, esses foram escolhidos. A todo o resto foi permitido voltar para casa.


O caráter muitas vezes é provado pelo meio mais simples. [...] Os homens de Sua escolha foram os poucos que não permitiram que suas necessidades os detivessem no desempenho do dever (Signs of the Times, 30 de junho de 1881).

domingo, 15 de setembro de 2013

Domingo, 15 de setembro

Sinal Divino

Só a lã estava seca, e sobre a terra ao redor havia orvalho. Juízes 6:40

Gideão sentia profundamente sua insuficiência para realizar a grande obra que estava diante dele. Não ousou se colocar à frente do exército sem evidências claras de que Deus o havia chamado para esse trabalho e de que seria com ele. Ele orou: “Se hás de livrar a Israel por minha mão, como tens dito, eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e secura sobre toda a terra, então, conhecerei que hás de livrar a Israel por minha mão, como tens dito” (v. 36, 37).


O Senhor atendeu a oração de Seu servo. Pela manhã, o velo estava úmido, enquanto a terra estava seca. Mas então surgiu uma dúvida, visto que a lã naturalmente absorve a umidade quando há alguma no ar. A prova não poderia ser decisiva. Daí o fato de ele pedir que o sinal fosse invertido, rogando que sua extrema precaução não desagradasse ao Senhor. O pedido foi realizado.


O Senhor nem sempre escolhe para Sua obra homens dos maiores talentos. Antes, escolhe os que pode usar melhor. [...]


Deus aceitará os serviços de todos aqueles que trabalharem obedecendo à Sua vontade, que não trarão, por motivo algum, uma mancha à consciência; que não permitirão que qualquer influência os desvie do caminho do dever. Se quisermos, poderemos fazer o registro de nossa vida de tal maneira que não venhamos a nos envergonhar de nós mesmos quando os segredos do coração forem revelados e as obras de cada um forem pesadas na balança da verdade. O Senhor emprega homens e mulheres como Seus colaboradores, mas não permite que ninguém suponha que seja tão necessário à obra de Deus que não possa ser dispensado.
Os que têm espírito suscetível ao ensino, que são confiantes, têm um propósito reto e o coração puro não necessitam esperar por grandes oca­siões


ou obter habilidades extraordinárias até poderem empregar suas forças. Não devem ficar indecisos, questionando e temendo o que o mundo dirá ou pensará deles. Não nos devemos sobrecarregar com ansiosos cuidados, mas avançar, desempenhando serenamente e com fidelidade a obra que Deus nos designou, deixando os resultados inteiramente com Ele. […]


Seja nossa vida diária um reflexo da vida de Cristo, e assim o testemunho dado ao mundo terá poderosa influência. [...] O grande combate entre a verdade e o erro deve ser levado avante por homens e mulheres que acendem sua tocha nas brasas do altar divino (Signs of the Times, 23 de junho de 1881).

sábado, 14 de setembro de 2013

Sábado, 14 de setembro

Guerra Contra a Idolatria

O Senhor lhe disse: [...] derriba o altar de Baal, que é de teu pai, e corta o bosque que está ao pé dele. Juízes 6:25

O libertador de Israel [Gideão] deveria declarar guerra contra a idolatria, antes de sair para enfrentar os inimigos de seu povo. Deveria respeitar e honrar a Deus acima da apreciação que tinha por seu pai. Precisava considerar os mandamentos divinos superiores à autoridade paterna.


A oferta de sacrifício a Deus fora confiada aos sacerdotes e levitas, e se restringira ao altar em Siló. Apenas Aquele que estabelecera o culto ritual e para quem todas as ofertas daquele culto apontavam tinha poder para mudar essas estipulações. Assim, era necessário que Gideão se afastasse do ritual pagão. Era de grande importância que o livramento de Israel fosse precedido por um protesto solene contra o culto de Baal e pelo reconhecimento de Jeová como o único Deus vivo e verdadeiro.


Grande foi a raiva dos homens de Ofra ao irem eles, na manhã seguinte, prestar suas devoções a Baal. Logo ficariam sabendo que Gideão havia feito aquilo. Nada, a não ser o sangue dele, satisfaria aqueles idólatras iludidos. […]


Gideão contou a seu pai, Joás, a respeito da visita do anjo e da promessa de que Israel seria liberto. Relatou-lhe também a ordem divina para destruir o altar de Baal. O Espírito de Deus moveu o coração de Joás. Viu que os deuses a quem havia adorado não tinham poder algum nem mesmo para salvar a si mesmos da total destruição. Portanto, não poderiam proteger seus adoradores. Ao clamar a multidão idólatra pela morte de Gideão, Joás permaneceu destemidamente em sua defesa e procurou mostrar ao povo como eram impotentes e indignos de confiança ou de adoração seus deuses: “Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-eis vós? Qualquer que por ele contender, ainda esta manhã, será morto. Se é deus, que por si mesmo contenda; pois derribaram o seu altar” (v. 31). [...]


Todos os pensamentos de violência se dissiparam, e quando, movido pelo Espírito do Senhor, Gideão fez soar a trombeta de guerra, eles estavam entre os primeiros a se reunir sob sua bandeira. Enviou então mensageiros à própria tribo, à de Manassés, e também à de Aser, Zebulon e Naftali, e todos alegremente atenderam ao chamado. […]


Pode parecer que o mal esteja prevalecendo por algum tempo, mas, no fim, a justiça alcançará a vitória (Signs of the Times, 23 de junho de 1881).

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sexta, 13 de setembro

Crescente Confiança

Se, agora, achei mercê diante dos Teus olhos, dá-me um sinal de que és Tu, Senhor, que me falas. Juízes 6:17

Gideão desejou obter algum sinal de que Aquele que se dirigia a ele era o mesmo que falara a Moisés na sarça ardente. O Anjo cobrira a divina glória de Sua presença, mas Ele não era outro senão Cristo, o Filho de Deus. Quando um profeta ou anjo apresentava uma mensagem divina, suas palavras eram: “Assim diz o Senhor: Eu farei isto.” Mas, no tocante à Pessoa que esteve com Gideão, entretanto, é dito que “o Senhor lhe disse: Porquanto Eu hei de ser contigo” (v. 16).


Desejando mostrar honra especial a seu ilustre visitante e havendo obtido a promessa de que o Anjo o esperaria voltar, Gideão correu à sua tenda e, de suas escassas reservas, preparou um cabrito e pães sem fermento, os quais apresentou diante dEle. Gideão era pobre. Mesmo assim, estava pronto a ser hospitaleiro sem murmuração.


Quando o presente foi colocado diante do Anjo, Este ordenou: “Toma a carne e os bolos asmos, e põe-nos sobre esta penha, e verte o caldo” (v. 20). Gideão obedeceu-lhe e então o Senhor lhe concedeu o sinal que ele almejava. Com o cajado que trazia na mão, o Anjo tocou a carne e os pães asmos. Fogo subiu da rocha e consumiu toda a oferenda como sacrifício, [...] pois ali Se encontrava Deus e não um homem. Após essa prova de Seu divino caráter, o Anjo desapareceu.


Convencido de que estivera vendo o Filho de Deus, Gideão se encheu de temor, exclamando: “Ai de mim, Senhor Deus! Pois vi o anjo do Senhor face a face” (v. 22). Graciosamente, o Senhor apareceu pela segunda vez a Gideão e lhe disse: “Paz seja contigo; não temas, não morrerás” (v. 23). [...]


A família à qual Gideão pertencia estava seriamente afetada pela idolatria. O pai de Gideão construíra em Ofra, onde morava, um grande altar a Baal, junto ao qual o povo da cidade adorava. Foi ordenado a Gideão destruir esse altar, cortar os bosques que o rodeavam e erguer um altar a Jeová, sobre a rocha em que a oferta fora consumida, e ali apresentar um sacrifício ao Senhor. Gideão fielmente colocou em prática essas instruções, realizando o trabalho à noite para que não fosse obrigado a desistir se tentasse fazê-lo durante o dia (Signs of the Times, 23 de junho de 1881).

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Quinta, 12 de setembro

O Chamado de Gideão

Israel ficou muito debilitado com a presença dos midianitas; então, os filhos de Israel clamavam ao Senhor. Juízes 6:6

Ah! Como é triste saber que, na história do povo escolhido de Deus, o lamentável relato de apostasia e punição seja tão frequentemente repetido! [...]


Por causa de seus pecados, a mão protetora de Deus foi retirada de Israel. Foram deixados à mercê de seus inimigos. Os habitantes selvagens e cruéis do deserto [os midianitas e amalequitas], numerosos “como gafanhotos” (v. 5), vinham como enxame sobre a terra, com seus rebanhos e gado, e armavam suas tendas na planície e no vale. Vinham logo que as searas começavam a amadurecer e ficavam até que os últimos frutos da terra fossem colhidos. Despojavam os campos de seus produtos, roubavam e maltratavam os habitantes e então voltavam aos desertos. [...]


Por sete anos continuou essa opressão. Então, em sua aflição, o povo se lembrou dAquele que os havia livrado tantas vezes e clamou ao Senhor por auxílio. [...]


Suas orações foram ouvidas. Novamente o Senhor enviou um homem, por Ele escolhido, para ser o libertador de Israel. Assim, o escolhido foi Gideão, da tribo de Manassés. [...] Foi senão com grande dificuldade que os hebreus puderam esconder alimento suficiente para livrá-los de morrer em razão da fome. Gideão tinha conservado em seu poder uma pequena quantidade de trigo. Temendo batê-lo na eira comum, levou-o para a vinha, próximo ao lagar. Estando ainda distante o tempo do amadurecimento das uvas, a atenção dos midianitas não seria dirigida para aquele local. [...] Gideão chegava quase a se desesperar com o desejo de transmitir fé e coragem ao povo, mas sabia que o Senhor operaria poderosamente em favor de Israel, assim como fizera no passado. [...]


Enquanto a mente de Gideão estava absorta em tais pensamentos, subitamente o Anjo do Senhor apareceu e Se a ele dirigiu com estas palavras: “O Senhor é contigo, varão valoroso” (v. 12).


A natureza melancólica dos pensamentos de Gideão é revelada em sua resposta: “Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio?” (v. 13). [...] Com o senso da própria incapacidade para tão importante tarefa, Gideão exclamou: “Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai” (v. 15). Então o anjo lhe deu a graciosa certeza: “Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás os midianitas como se fossem um só homem” (v. 16) (Signs of the Times, 23 de junho de 1881).

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Quarta, 11 de setembro

Intérprete de Sonhos

Tive um sonho, e não há quem o interprete. Ouvi dizer, porém, a teu respeito que, quando ouves um sonho, podes interpretá-lo. Gênesis 41:15

Quando José interpretou os sonhos do padeiro e do copeiro, rogou ao copeiro que se lembrasse dele quando retornasse ao seu ofício, mas José foi esquecido e permaneceu por mais dois anos na prisão.

Entretanto, uma pessoa mais importante que o copeiro teve um sonho e, ao não encontrar ninguém capaz de interpretá-lo, o copeiro se lembrou de José. “Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele se barbeou, mudou de roupa e foi apresentar-se a Faraó. Este lhe disse: Tive um sonho, e não há quem o interprete. Ouvi dizer, porém, a teu respeito que, quando ouves um sonho, podes interpretá-lo” (v. 14, 15). José não tomou a glória para si. Dirigiu Faraó a Deus, dizendo: “Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó” (v. 16).


Pela sabedoria que lhe foi concedida por Deus, José pôde entender o verdadeiro significado do sonho. Contemplou as maravilhosas obras de Deus e expôs claramente toda a interpretação diante de Faraó. Revelou-lhe que um longo período de fome estava para vir sobre a terra e apresentou os planos a serem seguidos para livrar a nação egípcia da destruição. [...] Suas palavras foram recebidas como ouro, e foi-lhe dada então a resposta: “Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu” (v. 39, 40). [...]


José foi uma representação de Cristo. Permaneceu por muitos anos como um honrado governador do Egito. Em sua vida e em seu caráter, manifestou-se tudo o que é amável, puro e nobre. Ao suportar seus sofrimentos e aflições em circunstâncias probantes e ao resistir à tentação, José foi um com Cristo no caráter. [...]


O exemplo de José, reluzindo com brilho celestial, não brilhou em vão entre as pessoas por quem Cristo Se ofereceu como oferta – um povo a quem Deus colocou sob Sua guarda e sobre quem concedeu não somente bênçãos temporais, mas também bênçãos espirituais para atraí-los a Si (Youth’s Instructor, 11 de março de 1897).

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Terça, 10 de setembro

Vitória Sobre a Tentação

Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus? Gênesis 39:9

Ao vir a prova, ocasião em que uma mulher usou de seus artifícios para atraí-lo ao pecado, José preservou sua integridade. Palavras sofisticadas e súplicas ardilosas não fizeram com que se desviasse por um fio de cabelo que fosse do que é reto. [...] A lei de Deus era sua fortaleza. Ele disse então àquela que ousadamente tentava seduzi-lo: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?”

A mulher fracassou, de maneira flagrante, em induzir José ao pecado. [...] A esposa de Potifar se vingou fazendo acusações contra ele. Pelo fato de José não ter pecado contra Aquele que havia confiado nele, foi privado da honra que, por meio da graça de Deus, havia merecidamente adquirido e que o tinha levado a bem se relacionar com os grandes homens do Egito.


Essa repentina humilhação, que o tirou da condição de servo confiável e honrado para a de um criminoso condenado, tê-lo-ia oprimido sobremaneira, não fosse a mão do Senhor a sustê-lo. Mas Sua confiança em Deus era inabalável. O amor de Deus manteve seu coração em perfeita paz. O Céu estava muito próximo daquele fértil vale do Egito, pois havia ali um jovem que se mantinha nos caminhos do Senhor. A presença de Jesus estava com ele na prisão. [...]


José foi provado pela afeição e predileção do pai; pela inimizade, inveja e ódio de seus irmãos; pela estima e confiança de seu senhor, e por ter alcançado a mais alta e honrosa posição. Foi provado pelas seduções e encantos de uma mulher, pelos elogios vindos de seus lábios e por seu amor ilícito.


A inabalável integridade de José, porém, não lhe permitia dar ouvidos à voz do tentador. Deleitava-se na lei do Senhor e não se afastaria de seus preceitos. [...]


Mesmo enquanto estava na prisão, José pôde andar em liberdade e teve a oportunidade de iluminar a vida de seus companheiros de cárcere. Essa prisão foi para ele uma escola. [...] Em todas as fases de sua administração, pôde ver a superioridade da lei de Deus, e pela experiência e observação estava aprendendo a ser justo e compassivo, representando assim o caráter de Deus.


O poder seria colocado nas mãos de José e, através dele, Deus seria revelado como o Governador dos Céus e da Terra. Ele deveria, porém, ser ensinado na adversidade – a escola na qual Deus deseja que Seus filhos aprendam (Youth’s Instructor, 11 de março de 1897).

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Segunda, 9 de setembro

Testemunha Inabalável

O Senhor era com José, que veio a ser homem próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio. Gênesis 39:2

O desígnio de Deus era que por intermédio de José a religião bíblica fosse introduzida entre os egípcios. Esta fiel testemunha deveria representar Cristo na corte dos reis. Por meio de sonhos, Deus Se comunicou com José em sua juventude, dando-lhe uma indicação da elevada posição que ele seria convidado a ocupar. Os irmãos de José, para impedir o cumprimento de seus sonhos, venderam-no como escravo, mas esse ato de crueldade resultou na execução precisamente daquilo que os sonhos haviam predito.


Aqueles que procuram frustrar o propósito de Deus e opor-se à vontade dEle podem parecer prosperar durante algum tempo, mas Deus está a postos para cumprir Seus desígnios, e Ele manifestará quem é o governante dos Céus e da Terra.


José considerou o fato de ser vendido para o Egito a maior calamidade que lhe poderia haver acontecido. Viu, porém, a necessidade de confiar em Deus como nunca fizera quando protegido pelo amor de seu pai. José levou Deus consigo para o Egito, e isso se tornou evidente pela sua atitude animosa em meio à aflição. [...] O propósito de Deus é que aqueles que amam e honram Seu nome também sejam honrados, e que a glória dada a Deus por seu intermédio seja refletida sobre eles mesmos.


O caráter de José não se modificou quando ele foi elevado a uma posição de confiança. Foi conduzido aonde sua virtude brilharia de maneira distinta, em boas obras. A bênção de Deus repousou sobre ele na casa e no campo. [...]


Por ter sido inserido em uma sociedade de homens cultos, obteve o conhecimento da ciência e da língua. Essa foi a escola em que se preparou, que em sua juventude o fez tornar-se qualificado para ser o primeiro-ministro do Egito. Aprendeu tudo o que era necessário para assumir um futuro cargo de confiança. Assimilou toda sabedoria, conhecimento e discernimento das oportunidades que lhe eram apresentadas, e não foram poucas. No entanto, seu coração permaneceu firme em Deus. Foram combinados o conhecimento humano e a sabedoria divina para que ele se tornasse uma luz a brilhar, refletindo os brilhantes raios do Sol da Justiça em meio às densas trevas do paganismo. Ali, a religião desse hebreu foi vista de maneira totalmente diferente dos ritos religiosos e costumes idólatras dos egípcios (Youth’s Instructor, 11 de março de 1897).

domingo, 8 de setembro de 2013

Domingo, 8 de setembro

Jovem Fiel

Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. 1 Timóteo 4:12

A Palavra de Deus era a regra que guiava Timóteo. [...] Seus instrutores em casa cooperavam com Deus na educação desse jovem de modo que ele suportasse as responsabilidades que sobre ele eram impostas já na juventude.

Timóteo era um simples jovem quando foi escolhido por Deus para ser um mestre, mas seus princípios tinham sido tão estabelecidos por uma educação correta que ele estava apto a ser um mestre religioso em ligação com Paulo, o grande apóstolo aos gentios. Era um simples jovem, mas assumiu suas grandes responsabilidades com mansidão cristã. Era fiel, firme e leal. Paulo fez dele seu companheiro de trabalho e viagens, para que [Timóteo] pudesse se beneficiar de sua experiência em pregar o evangelho e estabelecer igrejas.


Paulo amava Timóteo porque Timóteo amava a Deus. O grande apóstolo frequentemente o sondava e lhe fazia perguntas sobre a história das Escrituras. Mostrou-lhe a necessidade de evitar todo mau caminho e lhe disse que a bênção certamente acompanharia todos os fiéis e verdadeiros, dando-lhes uma nobre varonilidade. [...]


As palavras do apóstolo Paulo, antes de sua morte, foram: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2Tm 3:14, 15). [...]


Paulo podia seguramente escrever isso, pois Timóteo não desenvolvera um espírito cheio de confiança própria. Em sua obra, Timóteo buscava constantemente conselho e instrução de Paulo. Não agia por impulso, mas com ponderação e calma reflexão, indagando a cada passo: É este o caminho do Senhor? [...]


“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1Tm 4:16).


A recomendação feita a Timóteo deve ser ouvida em toda família e precisa tornar-se uma força educativa em toda casa e escola (Youth’s Instructor, 5 de maio de 1898).