domingo, 30 de junho de 2013

Domingo, 30 de junho

Procure a Paz

Bem-aventurado o homem cuja força está em Ti. Salmo 84:5

“Bem-aventurados os pacificadores” (Mt 5:9). [...] Quantos estão verdadeiramente desejosos de ser abençoados, que não apenas ouvem, mas praticam as palavras de Cristo? Aqueles que não se apoiam em si mesmos, mas depositam sua confiança em um poder fora e acima de si, serão capacitados a se tornar praticantes das palavras de Cristo. [...]


“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça” (Mt 5:10) (não por causa de seu espírito grosseiro e rude que os leva a incitar a discórdia e dissenção, mas “por causa da justiça”). Justos são aqueles que anseiam a paz, buscando-a a qualquer custo, exceto pelo sacrifício de princípios. Não podem sacrificar a verdade, apesar de seu apego a ela lhes custar aflição, reprovação, sofrimento e até mesmo a morte. “Porque deles é o reino dos Céus” (Mt 5:10). Os que são perseguidos por causa da justiça colocam os mandamentos de Deus em primeiro lugar em sua vida, e não permitem que posição humana, proposta de recompensa e promessa de honra alguma causem separação entre eles e seu Deus. Não podem ser induzidos a negar a Cristo e a trair Sua causa. As ricas promessas de Deus encontram morada em sua memória, pois, quando o inimigo vier como uma inundação, o Espírito do Senhor erguerá uma barreira contra ele. O Espírito Santo abre ao entendimento as preciosidades das Escrituras.


A própria igreja necessita se converter para que os membros possam se tornar condutos de luz, possam ser abençoados e ser uma bênção. Uma vaga dependência da misericórdia de Deus não obterá para nós acesso ao trono da graça ou atrairá a bênção de Deus o Pai que Ele proporciona àqueles que fazem Sua vontade. A fé deve se centralizar na Palavra de Deus, que é espírito e vida. Cada página da Palavra Sagrada é iluminada com os raios do Sol da Justiça.


A Palavra de Deus é o apoio do aflito, o conforto do perseguido. O próprio Deus fala ao coração crente e confiante, pois o Espírito de Deus está em Sua Palavra, e uma bênção especial será recebida por aqueles que aceitarem as palavras de Deus ao serem iluminadas na mente pelo Espírito Santo. É dessa forma que o crente se alimenta de Cristo, o Pão da Vida. A verdade é vista sob nova luz, e o coração se regozija como se estivesse na presença visível de Cristo (Signs of the Times, 10 de outubro de 1895).

sábado, 29 de junho de 2013

Sábado, 29 de junho

Harmonia

Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Mateus 5:9

Os que contemplam vislumbres da perfeição do caráter de Cristo serão imbuídos do anseio de se tornar como Ele. Desejarão ser pacificadores e receber a bênção prometida. [...]


O inimigo de toda justiça está pronto para guiá-lo por um curso que é totalmente oposto ao que o pacificador deve seguir. Ele, que ama a discórdia e a contenda, tentará você a desempenhar uma parte em ligação com ele para instigar o conflito. Ele o levará a enxergar em seu irmão ou irmã algo que é errado e o motivará a contar aos outros, mas Cristo o adverte a ir ter com o irmão e “repreendê-[lo] entre ti e ele só” (Mt 18:15). A qual líder você obedecerá? Não está em conformidade com nosso coração natural tratar de maneira franca e fiel uns com os outros. Parece mais fácil falar da falta do irmão a outra pessoa do que falar somente a ele; mas, unicamente o ouvido dele é que deve ouvir a acusação. [...] Bem-aventurados são aqueles que trabalham em harmonia com Deus, que são colaboradores de Cristo. A graça comunicada pelo Espírito de Deus é uma fonte de vida para o ser e refrescará todos os que entrarem em contato com o pacificador. [...]


É importante considerar que o espírito que cultivamos agora, as obras que realizamos agora testificarão da aptidão ou inaptidão para a vida futura. Estamos agora sob julgamento e será avaliado se cumpriremos ou não a oração do Senhor e se faremos a vontade de Deus na Terra assim como é feita no Céu. Os que levam avante os planos de Satanás e magoam e ferem seus semelhantes com seu comportamento provam que não são filhos de Cristo. [...]


É melhor que cada um de nós faça o que é certo porque é certo, e assim criemos uma atmosfera de paz ao nosso redor. Não seremos, dessa forma, arregimentados para o lado dos agentes humanos de Satanás, influenciados por seu espírito, repetindo suas palavras de acusação e reprovação contra aqueles que estão buscando ser obedientes aos mandamentos do Senhor. Não nos ligaremos ao adversário das pessoas, ajudando-o a incitar suspeita e discórdia, fazendo com que pessoas que amam a Deus sejam tentadas a cometer o mal (Signs of the Times, 10 de outubro de 1895).

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sexta, 28 de junho

Os Limpos de Coração

Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Mateus 5:8

Os limpos de coração verão a Deus. Embora todos devam contemplar Cristo como juiz, os puros e limpos de coração O contemplarão como amigo, pois Jesus disse: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho dado a conhecer” (Jo 15:15). Os puros de coração verão a Cristo como um amigo e irmão mais velho. Os que constantemente buscam a Cristo para obter conselho, que oram com sinceridade para receber Seu Santo Espírito, se sentirão angustiados se uma nuvem O ocultar de sua vista.


O mundo cristão de hoje está inclinado a aceitar os sofismas de Satanás em lugar das palavras de Deus. Muitos se separam de Deus por obras de iniquidade, e amam não contemplar Deus ou conservá-Lo em seu conhecimento. Não querem ver Deus, assim como não quis Adão, escondendo-se ao aproximar-Se o Pai celestial. [...]


Devemos olhar para Jesus como a única esperança para a remissão de nossos pecados, pois nEle não há pecado. Ele Se fez pecado por nós, para que pudesse carregar nossa culpa, apresentar-Se diante do Pai como culpado em nosso lugar, para que nós que nEle cremos como nosso Salvador pessoal sejamos, por causa de Seus méritos, considerados limpos da influência contaminadora do pecado. Por meio da justiça imputada de Cristo, somos considerados inocentes. Cristo concedeu a todo ser humano a evidência de que unicamente Ele é capaz de suportar o sofrimento, a aflição e o pecado humanos. Aqueles que têm a Cristo como seu substituto e certeza, lançando seu espírito impotente sobre Cristo, serão capazes de suportar ao contemplar Aquele que é invisível. Pertence-lhes a promessa “bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”.


Ao ser seduzido pelo pecado, não entre em desespero. Não se prolongue e se lamente em desesperada descrença, mas leve seu caso imediatamente a Jesus. [...] Cristo passou pelo terreno em que Adão caiu e redimiu sua humilhante queda. Ele foi aperfeiçoado pelo sofrimento e é capaz de socorrer todos os que são tentados, e apresentar uma forma de escape, para que sejam capazes de resistir à tentação. [...] Ele Se compadece de cada ser humano, pois identifica Seus interesses com os interesses daqueles que veio salvar. Que maravilhoso Sumo Sacerdote é Jesus! Podemos lançar nosso próprio fardo sobre Ele (Signs of the Times, 3 de outubro de 1895).

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Quinta, 27 de junho

Os Frutos da Misericórdia

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Mateus 5:7

É o dever dos filhos de Deus brilhar por Cristo e difundir bênçãos no caminho de seus semelhantes. Não devem dizer: “Aqueça-se e alimente-se”, e nada fazer a fim de atender às necessidades do sofredor. [...]


Somos propriedade adquirida de nosso Senhor, e como Seus agentes humanos, temos o real dever de administrar os suprimentos temporais e espirituais do estoque que Deus nos concedeu. O amor deve ser mantido em constante exercício a fim de inspirar fé em Deus, para que o coração humano possa elevar louvores ao Senhor, e para que os laços dourados do amor possam unir o coração da humanidade. Os que recebem a misericórdia, o favor e a compaixão de Deus devem partilhá-los com outros. [...]


O Filho do Deus infinito é o nosso exemplo. O Céu está repleto de misericórdia a fluir constantemente não apenas a poucos favorecidos, mas para a bênção daqueles que mais necessitam dela, para o benefício daqueles que menos têm alegria e felicidade na vida. [...]


Aos que Deus fez administradores de capacidades e recursos, Ele ordena, para seu próprio bem, que acumulem tesouros no Céu, pois assim como Ele lhes deu liberalmente de Sua abundante misericórdia, devem dar liberalmente a outros. Em vez de viver para si mesmos, Cristo deve viver neles, e Seu Santo Espírito os levará a empregar seus bens com sabedoria, sendo misericordiosos para com os outros assim como Ele é misericordioso para com todos. Pessoa alguma pode ser seguidora de Cristo e viver para si. [...]


À medida que os bens lhes são confiados, devem ser repartidos com outros. Homens e mulheres mais humildes devem empregar os talentos do Senhor reconhecendo que aquilo que lhes foi emprestado deve ser devolvido com juros a Deus. Pode ser que tenhamos apenas um talento, mas se for fielmente consagrado a Deus e empregado em atos de misericórdia em coisas temporais ou espirituais, ministrando assim às necessidades do sofredor, o valor de nosso talento aumentará e será anotado nos registros celestiais de maneira a exceder nossa capacidade de cálculo. Cada ato de misericórdia, cada sacrifício, cada renúncia gerará uma recompensa certa, cem vezes mais hoje, e no mundo por vir, a vida eterna (Signs of the Times, 12 de setembro de 1895).

Quarta, 26 de junho

Fome de Justiça

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos. Mateus 5:6

O verdadeiro pão da vida é encontrado unicamente em Cristo. Não serão saciados os que não reconhecem que a fartura da rica graça, o banquete espiritual foi preparado por um preço infinito a fim de satisfazer os que têm fome e sede de justiça.
“Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a Mim jamais terá fome” (Jo 6:35). [...]


Os que têm fome e sede de justiça são cheios do profundo desejo de ser semelhantes a Cristo no caráter, de se assemelhar à Sua imagem, de guardar o caminho do Senhor e fazer justiça e juízo. Devemos sempre cultivar o mais sincero desejo pela justiça de Cristo. Nenhum desejo temporal deve atrair e distrair nossa mente a tal ponto de não experimentarmos a fome de espírito de possuir os atributos de Cristo. [...] Em meio a problemas e aflições, o coração anseia pelo amor e poder de Deus. Há o intenso desejo de certeza, esperança, fé, confiança. Buscamos o perdão, a paz e a justiça de Cristo. [...] Todo aquele que busca o Senhor de todo coração tem fome e sede de justiça. [...]


A fome de espírito será satisfeita quando o coração se esvaziar do orgulho, da vaidade e do egoísmo, pois a fé se apropriará das promessas de Deus, e Cristo preencherá o vazio e habitará no coração. Haverá um cântico novo nos lábios, pois se cumpriu a Palavra: “Dar-vos-ei coração novo” (Ez 36:26). O testemunho do crente será: “Todos nós temos recebido da Sua plenitude e graça sobre graça” (Jo 1:16). [...]


Sem Cristo, os que têm fome e sede de espírito não seriam satisfeitos. Jamais poderia ser apaziguado o sentimento de necessidade, o anseio por algo que não é temporal, que não é maculado com aquilo que é terreno e comum. A mente deve se apegar a algo mais elevado e puro do que qualquer outra coisa que possa ser encontrada neste mundo. [...]


Cristo foi crucificado pelo pecado do mundo, e após Sua ressurreição e ascensão, o mundo inteiro foi convidado a olhar para Ele e viver. Somos aconselhados a contemplar o invisível, a manter diante dos olhos da mente as mais vívidas imagens das realidades eternas, para que ao contemplá-las possamos ser transformados à imagem de Cristo (Signs of the Times, 29 de agosto de 1895).

Terça, 25 de junho

Mansidão, um Fruto do Espírito

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra. Mateus 5:5

Aqueles que humildemente se achegam a Deus em busca de conforto e paz em meio à provação são agraciados com a bondade de Cristo. Os que aprenderam dEle, que é manso e humilde de coração, expressam compaixão e manifestam bondade para com aqueles que necessitam de consolo, pois podem consolar outros com o consolo com que foram consolados por Deus. [...]


A mansidão é um fruto do Espírito e uma evidência de que somos ramos do Deus vivo. A presença constante da mansidão é uma evidência inequívoca de que somos ramos da Videira Verdadeira, e que produzimos muitos frutos. É uma evidência de que pela fé temos contemplado o Rei em Sua beleza e estamos sendo transformados à semelhança dEle. Onde há mansidão, as tendências naturais estão sob o controle do Espírito Santo. A mansidão não é uma espécie de covardia. É o espírito que Cristo manifestou ao sofrer injúria, ao tolerar ofensas e insultos. Ser manso não é abrir mão de nossos direitos, mas nos manter sob controle diante da provocação de cedermos à raiva ou ao espírito de vingança. A mansidão não permitirá que a paixão tome a dianteira.


Ao ser Cristo acusado pelos sacerdotes e fariseus, manteve-Se sob controle. Assumiu, porém, firme posição de que as acusações eram falsas. Disse-lhes: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8:46). [...] Sabia que Sua posição estava correta. Na ocasião em que Paulo e Silas foram açoitados e lançados na prisão sem julgamento ou condenação, não abriram mão do direito de serem tratados como cidadãos honestos. [...]


Em todos os momentos e em todos os lugares o cristão deve ser aquilo que o Senhor planejou que fosse: uma pessoa livre em Cristo Jesus. O dever cumprido no Espírito de Cristo será realizado com prudência santificada. Seremos guiados como que por uma luz celestial ao mantermos ligação vital com Deus. [...] Os que se arrependeram de seus pecados e lançaram o espírito cansado e sobrecarregado aos pés de Cristo, que se submeteram ao Seu jugo e se tornaram Seus colaboradores, serão participantes com Cristo de Seus sofrimentos, como também de Sua natureza divina. [...]


Jesus é o nosso exemplo, e dEle recebemos força e graça para andar em humildade e contrição diante de Deus (Signs of the Times, 22 de agosto de 1895).

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Segunda, 24 de junho

Ministério de Conforto

Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Mateus 5:4

O Senhor opera mediante instrumentos humanos e encarrega Seus seguidores do dever de ministrar aos que estão desanimados e aflitos. Há corações ao nosso redor que precisam ser elevados, que precisam dos raios luminosos do Sol da Justiça. O Senhor olha para aqueles que Ele tem confortado e abençoado para iluminar os que estão em trevas e aliviar os que sofrem. Aqueles que receberam luz e paz e alegria não devem ignorar os que choram, mas se achegar a eles com empatia humana e ajudá-los a enxergar o Salvador perdoador de pecados, o Deus misericordioso.


Cristo suportou nossos pesares e carregou nossas aflições, e concederá gozo e alegria àqueles que choram. Meu irmão e minha irmã que sentem os pesares desta Terra, vocês irão trabalhar por Cristo, ajudando os que precisam de sua ajuda? [...]
Os que amam Jesus terão a mente de Cristo e confortarão todos os que choram; aqueles que são pobres, tentados e desanimados eles ajudarão a caminhar à luz da cruz, e não em sombras e trevas. [...]


O Senhor Jesus conferiu ao Seu povo a obra especial de confortar todos os que choram. Cristo está trabalhando por essa classe e convida os seres humanos a se tornarem Seus instrumentos para levar luz e esperança aos que choram em meio a providências aparentemente escuras. [...]


A fornalha ardente pode queimar os servos de Deus, mas com o objetivo de purificá-los de toda escória, e não para serem destruídos e consumidos. [...]


Honramos a Deus ao confiarmos nEle quando tudo parece escuro e sombrio. Que os que estão aflitos olhem para Ele, e falem de Seu poder, e cantem de Sua misericórdia. [...]


Uma bênção foi pronunciada a todos os que choram. Se não existissem pranteadores no mundo, Cristo não teria revelado ao ser humano o caráter paternal de Deus. Os oprimidos pela convicção do pecado conhecerão a bem-aventurança do perdão, e de ter suas transgressões apagadas. Se não houvesse ninguém a chorar, a suficiência da expiação de Cristo pelo pecado não seria compreendida (Signs of the Times, 8 de agosto de 1895).

domingo, 23 de junho de 2013

Domingo, 23 de junho

Remédio Para os Pobres de Espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus. Mateus 5:3

Essas palavras de conforto proferidas por Cristo não são dirigidas ao orgulhoso, tampouco ao prepotente e presunçoso, mas àqueles que reconhecem a própria fraqueza e pecaminosidade. Os que choram, os mansos que se sentem indignos do favor de Deus e os que têm fome e sede de justiça; todos estão incluídos no termo “pobre de espírito”. [...]


Os pobres de espírito sentem sua pobreza, sua necessidade da graça de Cristo. Percebem que conhecem pouco a respeito de Deus e de Seu grande amor, e que precisam de luz a fim de conhecer e guardar o caminho do Senhor. Não ousam enfrentar a tentação amparados na própria força, pois sabem que não dispõem de força moral para resistir ao mal. Não encontram prazer em se lembrar de sua vida passada, e têm pouca confiança ao olhar para o futuro, pois são enfermos de coração. Para tais, Cristo diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito.” Cristo viu que aqueles que sentem sua pobreza podem ser feitos ricos. [...]


Que grande privilégio se encontra ao alcance dos que sentem a pobreza de seu espírito e se submetem à vontade de Deus! O remédio para a pobreza de espírito se encontra unicamente em Cristo. Ao ser o coração santificado pela graça, ao possuir o cristão a mente de Cristo, ele tem o amor de Cristo – riquezas espirituais mais preciosas do que o ouro de Ofir. Porém, antes que possa existir o intenso desejo pela riqueza contida em Cristo, disponível a todos que sentem sua pobreza, deve existir o senso de necessidade. Quando o coração está repleto de presunção e preocupado com as coisas superficiais da Terra, o Senhor Jesus repreende e disciplina a fim de que a pessoa possa se dar conta de sua verdadeira condição. [...]


Achegue-se a Jesus com fé e sem demora. A provisão dEle é farta e gratuita, Seu amor é abundante, e Ele lhe concederá graça para tomar Seu jugo e levar Seu fardo com alegria. Você pode reivindicar o direito à bênção dEle em virtude de Sua promessa. Pode entrar em Seu reino, que é Sua graça, Seu amor, Sua justiça, Sua paz e alegria no Espírito Santo. Se você se sente na mais profunda necessidade, pode ser suprido com toda a Sua plenitude, pois Cristo disse: “Não vim chamar justos, e sim pecadores” (Mc 2:17). Jesus o chama. “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus” (Signs of the Times, 1º de agosto de 1895).

sábado, 22 de junho de 2013

Sábado, 22 de junho

Não Roube a Deus

Vós Me roubais e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Malaquias 3:8

Você roubaria a Deus? A Bíblia fala sobre isso como se fosse impossível que alguém se arriscasse a fazer tal coisa. “Todavia, vós Me roubais.” [...]


O Senhor viu como seria o mundo quando estivesse repleto de habitantes, e por essa razão fez uma aliança com Seu povo para que Lhe devolvam os dízimos e as ofertas, segundo a ordem que Ele deu. Isso Lhe pertence. Não pertence a nenhum de nós. Deus fez esse acordo com você, para que você possa demonstrar que entende sua dependência e a responsabilidade para com Ele ao devolver a porção dEle. Ao fazer isso, a bênção divina será derramada sobre você. Tudo o que temos pertence ao Senhor e nos foi confiado como administradores Seus. Para que possamos devolver-Lhe, Ele precisa primeiro nos dar. […]


Respiramos porque Deus Se encarrega do maquinário humano. Dia a dia Ele o mantém funcionando perfeitamente, e quer que pensemos no infinito sacrifício que fez por nós no sofrimento dAquele que é igual a Ele – Seu Filho unigênito. Ele consentiu em deixar que Ele viesse a um mundo manchado e arruinado pela maldição do pecado, para estar à frente da humanidade como o Salvador portador e perdoador do pecado. [...]


Cristo declarou que todo poder no Céu e na Terra Lhe foi dado. [...] Ele assumiu Sua posição à frente da humanidade, revestindo a humanidade com a divindade. [...]


Que Deus não permita que alguém de nós fracasse em ganhar a preciosa bênção da vida eterna. Não roube a Deus. Ande honestamente diante dEle. Tudo é dEle. Ele confiou bens aos Seus agentes para o avanço de Sua obra no mundo. Eles devem levar fielmente ao tesouro de Deus o dízimo e, além dele, devem trazer doações e ofertas à medida que a causa necessitar. [...] Deus deseja que entendamos que o Céu foi trazido para perto da Terra. Milhares e milhares de anjos ministram àqueles que serão herdeiros da salvação. [...]


Deus nos leva a sério. Ele espera nossa ajuda para fincar Sua bandeira em lugares que nunca ouviram a verdade. [...] De todas as partes do mundo, ouve-se o pedido de ajuda. Não gaste dinheiro desnecessariamente. Negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga o Mestre. Você jamais será capaz de Lhe dar o tanto que Ele já lhe deu. Ele deu a vida por você. O que você tem dado para Ele? (General Conference Bulletin, 8 de abril de 1901 [extraído do discurso de Ellen White, 6 de abril de 1901]).

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Sexta, 21 de junho

Verdadeiras Riquezas

As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Mateus 8:20

Cristo veio a este mundo viver em perfeita obediência às leis do reino de Deus. Veio elevar e enobrecer os seres humanos, produzindo uma justiça duradoura em seu favor. Veio como um meio pelo qual a verdade pudesse ser transmitida. NEle se encontram todas as excelências necessárias para a perfeição absoluta de caráter. [...]


Cristo abriu mão de Seu elevado comando nas cortes celestiais, e pondo de lado Suas vestes e coroa reais, revestiu da humanidade Sua divindade. Pelo nosso bem, fez-Se pobre de riquezas e vantagens terrenas, para que os seres humanos pudessem ser ricos do peso eterno de glória. Assumiu Seu lugar à frente da família humana, e consentiu sofrer em nosso favor as provações e tentações geradas pelo pecado. Poderia ter vindo com poder e grande glória, escoltado por uma multidão de anjos celestiais. Mas, não. Veio em humildade, de descendência modesta. Foi criado em uma vila desconhecida e desprezada. Viveu uma vida de pobreza e, muitas vezes, sofreu privação e fome. Fez isso para mostrar que as riquezas e altas posições terrenas não elevam o valor do ser humano aos olhos de Deus. De maneira alguma nos incentivou a pensar que as riquezas tornam o ser humano digno da vida eterna. Os membros de igreja que tratam como se fosse indigno de sua atenção um irmão que empobreceu, certamente não aprenderam isso com Cristo. [...]


É a submissão ao pecado que traz grande infelicidade ao coração. Não é a pobreza, mas a desobediência que reduz a esperança da pessoa de ganhar a vida eterna, que o Salvador veio conceder-lhe. As verdadeiras riquezas, a verdadeira paz, o verdadeiro contentamento e a felicidade duradoura são encontrados apenas na submissão completa a Deus, na reconciliação perfeita com a vontade dEle. Cristo veio ao nosso mundo viver em imaculada pureza para, assim, mostrar aos pecadores que em Sua força eles também podem obedecer aos santos preceitos de Deus, às leis de Seu reino. Ele veio engrandecer a lei e dignificá-la por meio de Sua perfeita conformidade com seus princípios. Ele unificou a humanidade e a divindade, para que os seres humanos caídos possam se tornar participantes da natureza divina. [...]


Do Pai foi que Cristo constantemente extraía poder que O capacitava a manter Sua vida livre da mácula ou mancha do pecado (Review and Herald, 4 de julho de 1912).

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Quinta, 20 de junho

Como Raiz de uma Terra Seca

Foi subindo [...] como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-Lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Isaías 53:2

O povo da época de Jesus não podia ver, sob o disfarce da humildade, a glória do Filho de Deus. Ele foi “desprezado e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53:3). Ele era “como raiz de uma terra seca”, sem forma nem formosura, para que O desejassem. [...]

Cristo chegava ao povo na posição em que este se achava. Apresentava a simples verdade perante o espírito deles, na linguagem mais poderosa e singela. O pobre humilde, o mais ignorante podia compreender, mediante a fé nEle, as mais exaltadas verdades. Ninguém precisava consultar os instruídos doutores quanto ao sentido do que Ele dizia. Não embaraçava o ignorante com misteriosos raciocínios, nem usava palavras fora do comum ou eruditas, de que não tivessem conhecimento. O maior Mestre que o mundo já conheceu foi o mais preciso, simples e prático em Suas instruções.


Embora os sacerdotes e rabis se firmassem em sua competência para ensinar o povo, e fizessem frente até mesmo ao Filho de Deus na exposição da doutrina, Ele os declarou ignorantes das Escrituras e do poder de Deus. Não é o conhecimento dos grandes homens do mundo que desvenda os mistérios do plano da redenção. Os sacerdotes e rabis haviam estudado as profecias, mas falharam em descobrir as preciosas provas do advento do Messias, da maneira como viria, de Sua missão e caráter. Os que alegavam ser dignos de confiança devido à sua sabedoria não perceberam que Cristo era o Príncipe da vida.


Os rabis olhavam com suspeita e desdém tudo o que não estava revestido da aparência de sabedoria mundana, exaltação nacional e exclusividade religiosa; mas a missão de Jesus consistia em Se opor a esses males, corrigir tais visões errôneas e operar uma reforma na fé e na moral. Ele chamava a atenção à pureza de vida, à humildade de espírito e à devoção a Deus e à Sua causa, sem esperança de honras mundanas ou recompensas. [...]


Ele Se regozijava em espírito ao ver os pobres deste mundo aceitando ansiosamente a preciosa mensagem trazida por Ele. Elevou os olhos ao céu e disse: “Graças Te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos, e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11:25) (Review and Herald, 3 de agosto de 1911).

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Quarta, 19 de junho

O Poder Convincente de Jesus

Muito se maravilhavam da Sua doutrina, porque a Sua palavra era com autoridade. Lucas 4:32

A missão de Jesus foi demonstrada por meio de milagres convincentes. Sua doutrina maravilhou o povo. Ela não consistia do palavreado contraditório dos escribas, cheio de misticismo, sobrecarregado de formas absurdas e exigências destituídas de significado; era, porém, um sistema de verdade que satisfazia as necessidades do coração. Seus ensinos eram simples, claros e abrangentes. As verdades práticas que proferia tinham um poder convincente e prendiam a atenção do povo. Multidões se demoravam ao Seu lado, maravilhadas com a sabedoria dEle. Seu modo de ser estava em harmonia com as grandes verdades que proclamava. Não usava palavras de desculpa ou hesitação, e não havia sombra de dúvida ou incerteza de que Ele pudesse ser outro, exceto quem Se declarava. Ele falava de coisas terrenas e celestiais, humanas e divinas, com firme autoridade; e “estavam as multidões maravilhadas da Sua doutrina; porque Ele as ensinava como quem tem autoridade” (Mt 7:28).


Ele declarou ser o Messias, mas o povo não O recebeu, embora tenha testemunhado Suas obras maravilhosas e se admirado de Sua sabedoria. Ele não satisfez suas expectativas relativas ao Messias. O povo havia sido instruído a esperar pompa e glória no advento de seu Libertador, e a sonhar que sob o poder do “Leão da tribo de Judá” (Ap 5:5) a nação judaica seria exaltada à preeminência entre as nações do mundo. Com tais ideias, não estava preparado para receber o humilde Mestre da Galileia, apesar de Ele ter vindo exatamente como os profetas haviam predito que viria.


Por causa de Sua aparência humilde e despretensiosa, Ele não foi reconhecido como “a Verdade”, a “Luz do mundo”, embora tenha falado como nenhum outro homem jamais falara. Veio desacompanhado de uma comitiva de pompa e glória terrenas. Havia, no entanto, uma majestade em Sua presença que evidenciava Seu caráter divino. Suas maneiras, embora gentis e cativantes, eram dotadas de uma autoridade que inspirava respeito e admiração. Ao Seu comando, a enfermidade deixava o sofredor. O morto ouvia Sua voz e vivia; o sofredor se rejubilava, e o cansado e o sobrecarregado encontravam descanso em Seu compassivo amor. [...]


O coxo, o cego, o paralítico, o leproso e os aflitos com os mais variados tipos de enfermidades achegavam-se a Ele, e Ele os curava. [...] O Céu endossou Suas reivindicações com manifestações poderosas (Review and Herald, 6 de julho de 1911).

terça-feira, 18 de junho de 2013

Terça, 18 de junho

Seguros nas Mãos de Jesus

As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz; Eu as conheço, e elas Me seguem. [...] Jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da Minha mão. João 10:27, 28

Quando Satanás ouviu que existiria inimizade entre ele e a mulher, e entre sua semente e a semente dela, sabia que, por algum meio, seria dado ao ser humano poder de resistir às suas tentações. Percebeu que sua reivindicação à posição de príncipe do mundo recém-criado seria contestada, que viria Alguém cuja obra seria fatal aos seus vis propósitos; que seus anjos e ele seriam para sempre derrotados. A certeza de que tinha realmente poder e senso de segurança se desvaneceu. Adão e Eva cederam às tentações dele e a posteridade do casal sentiria a força de seus ataques. Eles, porém, não seriam deixados sem um auxiliador. O Filho de Deus viria ao mundo para ser tentado em nosso favor, e, em nosso favor, vencer.

A inimizade entre os seres humanos caídos e Satanás unicamente pode existir se as pessoas se colocarem ao lado de Deus e prestarem obediência à lei de Jeová. Isso lhes confere poder para resistir aos ataques de Satanás. Por meio do sacrifício de Cristo, o ser humano é capacitado a obedecer. [...] O Filho de Deus, revestido da natureza humana e tentado em todos os pontos como nós somos tentados, enfrentou e resistiu aos assaltos do inimigo. Na força dEle, os seres humanos podem obter a vitória, enfrentar o tentador e não ser vencidos por seus ardis e arrogantes ofertas. Ao aceitar Cristo como seu Salvador pessoal, homens e mulheres podem permanecer firmes contra as tentações do inimigo. [...]


Cristo viu o significado dos enganos de Satanás, e até o fim de Seu teste e provação, permaneceu firme em Sua resistência, recusando-Se desviar de Sua lealdade para com Deus. [...]


Da mesma forma com que Satanás tentou a Cristo, ele está hoje tentando cada pessoa. Ele procura manter o ser humano sob seu raciocínio. O Salvador nos adverte a não entrar em combate com ele ou seus agentes. Não devemos enfrentá-lo, a menos que estejamos fundamentados na Palavra de Deus: “Está escrito.” Quanto menos refutarmos os argumentos dos que se opõem a Deus, mais firme será o nosso fundamento. Devemos repetir o mínimo possível as opiniões formadas por Satanás. Que todo aquele que é tentado mantenha o olhar fixo nos princípios que são inteiramente do alto, recordando a promessa: “Porei inimizade entre ti e a mulher” (Gn 3:15) (Review and Herald, 3 de maio de 1906).

Segunda, 17 de junho

Fonte da Verdade

Eu sou o pão da vida; o que vem a Mim jamais terá fome; e o que crê em Mim jamais terá sede. João 6:35

Nesta época, há muitos que agem como se tivessem a liberdade de pôr em dúvida as palavras do Infinito, de revisar Suas decisões e Seus estatutos, endossando, examinando, reformulando e anulando, de acordo com sua vontade. Nunca estamos seguros enquanto somos guiados por opiniões humanas, mas estamos seguros quando guiados por um “assim diz o Senhor”. Não podemos confiar a salvação de nossa vida a qualquer norma inferior às decisões de um Juiz infalível. Os que constituem Deus seu guia e a Palavra dEle seu conselheiro contemplam a luz da vida. Os vivos oráculos divinos guiam-lhes os pés por caminhos retos. Os que são assim guiados não ousam julgar a Palavra de Deus, mas sempre têm a Palavra dEle como seu juiz. Da Palavra do Deus vivo derivam sua fé e religião. É o guia e conselheiro que lhes indica o caminho. A Palavra é de fato uma luz para seus pés e lâmpada para seu caminho. Andam sob a direção do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Aquele cujas ternas misericórdias são sobre todas as Suas obras torna a vereda dos justos uma luz viva, que brilha mais e mais até ser dia perfeito. [...]


O mundo está perecendo por falta da verdade pura, não adulterada. Cristo é a verdade. Suas palavras são verdade e têm um significado mais profundo do que parece à primeira vista, e um valor que excede sua despretensiosa aparência. Todos os ensinos de Cristo têm valor superior à sua aparência despretensiosa. Mentes vivificadas pelo Espírito Santo discernirão a preciosidade dessas palavras. Discernirão as preciosas pérolas da verdade, embora sejam tesouros encobertos. [...]


O coração é a cidadela do ser, e até que esteja completamente do lado do Senhor, com suas tentações sutis o inimigo alcançará constantes vitórias sobre nós.


Se a vida recebe o devido controle, o poder da verdade é ilimitado. Os pensamentos são levados em cativeiro a Jesus Cristo. Do tesouro do coração provêm palavras apropriadas e certas. Escrevendo a Timóteo, disse Paulo: “Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus” (2Tm 1:13) (Review and Herald, 29 de março de 1906).

domingo, 16 de junho de 2013

Domingo, 16 de junho

Contemplando a Cristo

Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. 2 Coríntios 5:17

Pelo poder que Jesus concede, podemos ser “mais que vencedores” (Rm 8:37). Não podemos, porém, produzir esse poder. Unicamente pelo espírito de Deus é que podemos recebê-lo. Precisamos de uma profunda intuição da natureza de Cristo e do mistério do Seu amor, “que excede todo o entendimento” (Ef 3:19). Devemos viver sob os cálidos e salutares raios do Sol da Justiça. Somente a afetuosa compaixão de Cristo, Sua graça divina, Seu grande poder podem nos habilitar a repelir o incansável inimigo e subjugar a oposição de nosso próprio coração. Qual será nossa força? A alegria do Senhor. Deixemos que o amor de Cristo nos encha o coração, e então estaremos preparados para receber o poder que Ele tem em reserva para nós.


Demos graças a Deus cada dia pelas bênçãos que recebemos. Se o instrumento humano se humilhar diante de Deus, reconhecendo como é inapropriado para ele cultivar um sentimento de autossuficiência, reconhecendo sua total incapacidade de executar o trabalho que precisa ser feito a fim de que seu coração seja purificado, lançando fora e desvalorizando sua justiça própria, Cristo vai permanecer no coração dessa pessoa. Ele Se lançará à obra de recriá-la e continuará até que ela esteja completa nEle.


Cristo nunca negligenciará a obra que foi colocada nas mãos dEle. Ele inspirará o discípulo resoluto com o senso da perversidade da condição maculadora do pecado e da depravação do coração no qual Ele está operando. O verdadeiro penitente aprendeu a inutilidade da importância de si mesmo. Olhando para Jesus, comparando seu caráter defeituoso ao perfeito caráter do Salvador, ele pode dizer: 
“Não trago nada que tenha valor. / Somente na cruz me apego com fervor.”


Juntamente com Isaías, ele declara: “Senhor, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras Tu as fazes por nós. Ó Senhor, Deus nosso, outros senhores têm tido domínio sobre nós; mas graças a Ti somente é que louvamos o Teu nome” (Is 26:12, 13) (Review and Herald, 31 de março de 1904).

sábado, 15 de junho de 2013

Sábado, 15 de junho

Mestre Enviado por Deus

Se, porém, Eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Mateus 12:28

Nas poderosas obras de Cristo havia suficientes evidências para a fé. Mas os governantes judeus não queriam a verdade. Não podiam deixar de reconhecer a realidade das obras de Cristo, mas lançavam condenação sobre todas elas. Tiveram de reconhecer que um poder sobrenatural Lhe acompanhava a obra, mas declaravam que esse poder derivava de Satanás. Eles criam realmente nisso? Não. Mas estavam tão decididos a não permitir que a verdade lhes afetasse o coração e os convertesse, que atribuíam a obra do Espírito de Deus ao diabo. [...]

Redentor infinito em compaixão! Que amor, que amor incomparável foi o Teu! Acusado pelos grandes homens de Israel de realizar Suas obras de misericórdia por meio do príncipe dos demônios, era Ele como alguém que não via nem ouvia. A obra que viera do Céu para realizar não devia ser deixada incompleta. Ele viu que a verdade precisava ser revelada à humanidade. A Luz do mundo devia enviar seus raios para dentro das trevas do pecado e da superstição. A verdade não encontrou morada no coração dos que deveriam ter sido os primeiros a recebê-la, pois estavam bloqueados com preconceito e vil incredulidade. Entre os que não possuíam tais privilégios elevados, Cristo preparou corações para receber Sua mensagem. Ele fez novos odres para o vinho novo.

Toda verdade é investida pelo Deus do Céu com a influência correspondente ao seu caráter e importância. O plano da redenção, que significa tudo para um mundo perdido e arruinado, deveria ser proclamado, e o Espírito de Deus em Cristo Jesus colocado em contato vital com o coração do mundo. [...]

Por meio de Cristo, a verdade foi proclamada. O coração daqueles que professavam ser filhos de Deus foi guardado na verdade, e aqueles que não haviam desfrutado tão alto privilégio, aqueles que não se vestiam com os trajes da justiça própria, foram atraídos a Cristo. [...]

Hoje, Satanás se esforça por manter oculto do mundo o grande sacrifício expiatório que revela o amor de Deus e as reivindicações vinculadas à lei divina. Ele está guerreando contra a obra de Cristo [...] Mas, enquanto realiza seu trabalho, seres celestiais combinam esforços com instrumentos humanos na obra de restauração (Review and Herald, 30 de abril de 1901).

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Sexta, 14 de junho

Princípios nos Negócios

Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua alma? Marcos 8:36, 37

É o dever dos seguidores de Cristo reconhecer sua dependência de Deus em tudo e seguir os princípios de sua fé em todas as relações da vida, incluindo as transações comerciais. De outra forma, não podem representar corretamente a religião de Cristo. Devem ser honestos com Deus, como também com o próximo. Pode alguém ser desonesto com Deus? Leia a resposta do profeta: “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós Me roubais” (Ml 3:8).

Os dízimos e as ofertas pertencem a Deus. Os recursos em nossa posse devem ser considerados como um depósito sagrado, usados para a glória do Doador. A abnegação é a condição da salvação. A caridade que não visa ao próprio interesse é fruto do amor desinteressado que caracterizou a vida de nosso Redentor. Os que por amor a Cristo negam-se a si mesmos encontrarão a felicidade que o homem egoísta em vão procura; mas, aquele que faz de seus prazeres e interesses egoístas o principal objetivo da vida perderá a felicidade que julga desfrutar.


O apóstolo Paulo tinha algo a dizer a respeito da doação sistemática: “Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade” (1Co 16:1, 2).
A regra de doação de Deus, conforme expressa em Sua Palavra, não exclui ninguém, e a ninguém impõe fortes pressões. Ela atinge a pessoa pobre, mas de forma suave; e não é realmente sentida pelo rico. [...]


Cristo disse: “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6:21). Se acumularmos tesouro no Céu, nosso coração estará no Céu; se nosso tesouro estiver na Terra, nosso coração estará nas coisas da Terra, preocupando-se com perdas e ansioso a respeito de lucros e riquezas. [...]


Como na contabilidade do santuário a oferta é avaliada de acordo com o espírito de amor e sacrifício que a motivou, as promessas certamente serão cumpridas da mesma forma com o pobre liberal que tem pouco a ofertar, mas oferta do pouco liberalmente, como também com o rico que oferta generosamente de sua abundância. [...]


O reino de Cristo deve ser superior a qualquer outro interesse. […] [Deus] alimenta os pardais e veste os lírios; será Ele menos atento às necessidades de Seus filhos? (Bible Echo [Austrália], 9 de dezembro de 1895).

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Quinta, 13 de junho

As Ordenanças

Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também. João 13:15

Os símbolos da casa do Senhor são simples e facilmente compreensíveis, e as verdades por eles representadas são-nos da mais profunda significação. Ao estabelecer o rito sacramental para substituir a Páscoa, Cristo deixou para a igreja um memorial de Seu grande sacrifício em favor do ser humano. “Fazei isto”, disse Ele, “em memória de Mim” (Lc 22:19). Era esse o ponto de transição entre duas dispensações e suas duas grandes festas. Uma iria terminar para sempre; a outra, que Ele acabava de estabelecer, iria substituí-la e continuar através dos séculos como o memorial de Sua morte. [...]

Juntamente com o restante dos discípulos, Judas partilhou do pão e do vinho, que simbolizavam o corpo e o sangue de Cristo. Essa foi a última vez em que Judas esteve presente com os doze. No entanto, para que as Escrituras se cumprissem, deixou a mesa sacramental, o último presente de Cristo aos Seus discípulos, para completar sua obra de traição. [...]


Os filhos de Deus devem ter em mente que Deus, de forma sagrada, Se aproxima em toda ocasião, como na cerimônia de lava-pés. [...] O objetivo dessa cerimônia é trazer à lembrança a humildade de nosso Senhor e as lições que Ele ensinou ao lavar os pés de Seus discípulos. Existe em nós a disposição de nos valorizarmos mais do que a nosso irmão; de trabalhar para nós mesmos; de procurar o mais alto lugar; e, muitas vezes, isso resulta em más suspeitas e amargura de espírito. A ordenança que precede a ceia do Senhor deve remover esses desentendimentos, tirar o ser humano de seu egoísmo, fazê-lo baixar da superioridade da exaltação própria à humildade de coração que o levará a servir seu irmão. [...]


A ordenança do lava-pés tem sido especialmente ordenada por Cristo, e nessas ocasiões, por Seu Santo Espírito, Cristo está ali para pôr o selo em Sua ordenança. Está ali para convencer e abrandar o coração. Unir os crentes e torná-los um em coração. Eles são levados a sentir que Cristo está de fato presente para remover o entulho acumulado para separar de Deus o coração de Seus filhos (Review and Herald, 22 de junho de 1897).

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Quarta, 12 de junho

O Salvador Levantado

Do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nEle crê tenha a vida eterna. João 3:14, 15

De modo humilde, iniciou Cristo Sua poderosa obra de erguer a raça caída. Passando por alto as grandes cidades e os renomados centros do saber e da suposta sabedoria, fez Seu lar na humilde e obscura vila de Nazaré. Nesse lugar, do qual comumente se cria que não podia vir nada

de bom, o Redentor do mundo passou a maior parte de Sua vida, trabalhando em Seu ofício de carpinteiro. Habitava entre os pobres; Sua família não se distinguia por riquezas, cultura ou posição. Na vereda que os pobres, os negligenciados, os sofredores e os tristes deviam palmilhar, andou Ele aqui na Terra, levando sobre Si todas as desgraças que os aflitos devem suportar.


Gabavam-se orgulhosamente de que o Messias havia de vir como rei, conquistando Seus inimigos e esmagando os gentios em Sua indignação. Mas não era a missão de Cristo exaltar o homem ao se dirigir ao orgulho deles. Ele, o humilde Nazareno, poderia ter derramado desprezo sobre o orgulho do mundo, pois era o comandante das cortes celestiais. Mas veio ao nosso mundo com humildade, a fim de mostrar que não são riquezas, posição, autoridade que o Deus dos Céus respeita, mas Ele honra o coração humilde e contrito, enobrecido mediante o poder da graça de Cristo.


Cristo encerrou Sua vida de trabalho árduo e renúncia em nosso favor com um supremo sacrifício por nós. [...] Cristo é um Salvador vivo. Hoje Ele está assentado à destra de Deus como nosso advogado, intercedendo por nós; e nos convida a olhar para Ele e ser salvos. Sempre foi o firme propósito do tentador ofuscar Jesus de vista, para que o ser humano possa ser levado a se apoiar no braço da humanidade a fim de obter ajuda e força. Ele tem sido bem-sucedido em atingir o propósito de fazer com que as pessoas, desviando o olhar de Cristo, em quem Se centraliza toda esperança de vida eterna, olhem para seus semelhantes em busca de auxílio e orientação. [...]


Como a serpente foi levantada no deserto por Moisés e a todos que foram picados pelas serpentes ardentes foi ordenado olhar e viver, assim também deve o Filho do homem ser levantado perante o mundo por Seus servos. Cristo e Ele crucificado é a mensagem que Deus deseja que Seus servos proclamem por todo comprimento e largura do mundo (Review and Herald, 29 de setembro de 1896).

terça-feira, 11 de junho de 2013

Terça, 11 de junho

O Cumprimento da Profecia

Se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em Mim; porquanto ele escreveu a Meu respeito. João 5:46

Jesus falou com convicção e revelou profundo conhecimento muito mais elevado do que o do mais instruído entre os escribas e rabis. Era evidente que Ele possuía um conhecimento perfeito das Escrituras do Antigo Testamento, e que apresentava a verdade incontaminada pelos ditos e máximas humanos. Antigas verdades caiam-lhes aos ouvidos como uma nova revelação. [...]

Jesus apresentou Suas lições ao povo, mas não era a prática dEle declarar Seu elevado e superior direito. Veio para salvar o mundo perdido, e Suas palavras e obras, Sua vida inteira na humanidade destinavam-se a falar de Sua divindade. Deixou-a para que Sua dignidade, para que Sua vida, para que Seu comportamento, testemunhassem ao povo que Ele realizava as obras de Deus. Deixou-a para que eles tirassem as próprias conclusões a respeito de Suas reivindicações, enquanto lhes expunha as profecias relativas a Si mesmo. Levou-os a estudar as Escrituras, pois era essencial que interpretassem corretamente a missão e a obra do Filho de Deus. Apontou-lhes o fato de que estava cumprindo as profecias que até então haviam sido dadas por homens santos movidos pelo Espírito Santo. Declarou abertamente que eles escreveram a Seu respeito, e apresentou os claros raios de luz da profecia para iluminar Suas palavras e obras. [...]

Destacou-Se em Seu ministério como alguém distinto de qualquer outro mestre. Fora Ele que inspirara os profetas a escrever acerca de Si. A obra de Sua vida fora planejada nos conselhos eternos do Céu antes da fundação do mundo. [...] Sua vida era a luz do mundo e apresentou-a perante o povo, para que pudesse apoderar-se dela pela fé, e se tornar um com Ele.

Embora tenha apresentado a verdade infinita, muitas coisas que poderiam ter sido ditas Ele deixou de dizer, pois até mesmo Seus discípulos não eram capazes de compreendê-las. [...] O fardo de Seu ensino era a obediência aos mandamentos de Deus, que opera a transformação de caráter e inculca a excelência moral, moldando o ser segundo a semelhança divina. Cristo foi enviado à Terra para representar a Deus em caráter. Jesus, o Doador da vida, o Mestre enviado por Deus para oferecer salvação ao mundo perdido e para salvar o homem a despeito de todas as tentações e enganos de Satanás – Ele próprio era o evangelho. Em Seus ensinos claramente apresentou o grande plano estabelecido para a redenção da raça humana (Review and Herald, 7 de julho de 1896).

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Segunda, 10 de junho

Jesus Ama Você

Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:8

Amo falar de Jesus e de Seu amor inigualável. Não tenho uma dúvida sequer do amor de Deus. Sei que Ele é capaz de salvar todos os que se achegam a Ele. Seu precioso amor é uma realidade para mim, e as dúvidas expressadas por aqueles que não conhecem o Senhor Jesus Cristo não têm efeito sobre mim. [...]

Os que entregam o coração a Cristo encontram descanso em Seu amor. Temos prova da magnitude de Seu amor em Seus sofrimentos e morte. [...] Jesus suportou tamanha agonia [...] porque Ele Se tornou o substituto e penhor do pecador. Suportou a pena da lei que o pecador merecia para que pudéssemos ter [...] outra chance de provar nossa lealdade a Deus. [...]


Existem apenas duas 

classes
 em todo o Universo: os que creem em Cristo e cuja fé os leva a guardar os mandamentos de Deus, e os que não creem nEle e são desobedientes. [...]


Você dispõe de todas as razões para crer que Ele pode salvá-lo e o salvará. Por quê? Por que não há culpa em você? Não. Porque você é um pecador, pois Cristo disse: “Não vim chamar justos, e 

sim
 pecadores ao arrependimento” (Mt 9:13). O chamado é dirigido a você. Quando Satanás lhe diz que não existe esperança, responda-lhe que você sabe que existe; “porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). [...]


A mão que foi pregada na cruz por você está estendida para salvá-lo. Creia que Jesus ouvirá sua confissão, receberá seus pedidos, perdoará seus pecados e fará de você um membro da família real. Você precisa da esperança que Jesus concederá para animá-lo em qualquer circunstância. [...]


A pessoa que aceita a verdade verá desaparecer seu amor pelas coisas terrenas. Ela vê a insuperável glória das coisas celestiais e reconhece a excelência do que se relaciona com a vida eterna. Fica maravilhada com que é invisível e eterno. Desfaz-se seu apego às coisas terrenas; ela fixa o olhar com admiração nas glórias invisíveis do mundo celestial. Compreende que as provações produzem para ela eterno peso de glória muito mais excelente; e, em comparação com as riquezas que estão à sua disposição, considera-as como leves aflições que apenas duram um momento (Review and Herald, 23 de junho de 1896).

domingo, 9 de junho de 2013

Domingo, 9 de junho

Purificando o Templo

Minha casa será casa de oração. Mas vós a transformastes em covil de salteadores. Lucas 19:46

O que fez com que Cristo Se indignasse ao entrar nos pátios do templo? Seus olhos analisaram a cena e Ele viu ali desonra a Deus e opressão do povo. Ouviu o mugir do boi, o balir da ovelha e a discussão entre aqueles que compravam e vendiam. No próprio pátio do templo de Deus, os sacerdotes e líderes estavam envolvidos no tráfico. [...] Uma vez voltada a atenção para Ele, não puderam desviar o olhar de Sua face, pois havia algo em Sua fisionomia que lhes intimidava e aterrorizava. Quem era Ele? Um humilde galileu, o filho de um carpinteiro que trabalhara ao lado do pai. Contemplando-O, porém, sentiram como se estivessem sendo acusados diante do tribunal. [...]
Cristo viu o pobre, o desamparado e o aflito atribulados e consternados por não disporem do suficiente para comprar nem mesmo um pombo para ofertar. O cego, o coxo, o surdo e o aflito estavam em sofrimento e agonia porque almejavam apresentar uma oferta por seus pecados, mas os preços eram tão exorbitantes que não podiam pagar. Para eles, parecia não haver chance de ter seus pecados perdoados. [...]


Ao expulsar Cristo aqueles que comercializavam pombos, disse: “Tirai daqui estas coisas” (Jo 2:16). Ele não expulsou os pombos da mesma forma que fez com os bois e as ovelhas. Por quê? Porque eram a única oferta do pobre. Ele sabia das necessidades deles e, ao serem os mercadores expulsos do templo, o sofredor e o aflito permaneceram nos pátios. [...]


Porém, os sacerdotes e líderes, restabelecendo-se de seu assombro, disseram: “Voltaremos e O desafiaremos, inquirindo-Lhe por meio de que autoridade Ele ousou nos expulsar do templo.”


No entanto, que cena seus olhos contemplaram ao entrarem novamente nos pátios do templo. Cristo ministrava ao pobre, ao sofredor e ao aflito. [...] Ofereceu terno conforto ao sofredor. Tomou os pequeninos nos braços e com autoridade libertou-os da enfermidade e do sofrimento. Deu vista ao cego, audição ao surdo, saúde ao enfermo e conforto ao aflito. [...]


Estava realizando exatamente a obra que o Messias realizaria, segundo a profecia (Review and Herald, 27 de agosto de 1895).

sábado, 8 de junho de 2013

Sábado, 8 de junho

O Autor da Verdade

Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Mateus 11:29


Cristo é o Autor de toda a verdade. Todo conceito brilhante, todo pensamento de sabedoria, toda capacidade e talento dos seres humanos é dom de Cristo. Não tomou Ele emprestado novas ideias da humanidade, pois Ele deu origem a todas. Mas, quando veio ao mundo, encontrou enterradas na superstição e nas tradições as brilhantes pérolas da verdade que confiara aos seres humanos. Verdades de vital importância foram colocadas na moldura do erro, para servir aos propósitos do arquienganador. As opiniões humanas, os pontos de vista mais populares foram encobertos com a aparência da verdade e apresentados como pérolas celestiais genuínas, dignas de atenção e respeito. Cristo, porém, removeu as teorias errôneas de toda classe. Ninguém, senão o Redentor do mundo, tinha poder para apresentar a verdade em sua pureza primitiva, isenta do erro que Satanás acumulara para ocultar sua formosura celestial.



Algumas das verdades proferidas por Cristo eram familiares ao povo. Ouviram-nas dos lábios dos sacerdotes e principais, e de intelectuais; contudo, os pensamentos de Cristo eram distintos. Ele havia revelado essas verdades a homens de confiança a fim de serem comunicadas ao mundo. Em cada ocasião, Ele proclamou a verdade em particular que julgou apropriada para as necessidades de Seus ouvintes, tenham sido elas expressas antes ou não.



A obra de Cristo era tomar a verdade da qual o povo carecia e separá-­la do erro, apresentando-a livre das superstições do mundo, a fim de que o povo a aceitasse por amor de seu mérito intrínseco e eterno. Ele dispersou a névoa da dúvida para que a verdade pudesse ser revelada, e derramou distintos raios de luz nas trevas do coração humano. Ele colocou a verdade em claro contraste com o erro, para que a verdade pudesse ser apresentada diante do povo. Porém, quão poucos reconhecem o valor da obra que Cristo estava realizando! Quão poucos em nossos dias possuem uma concepção adequada da preciosidade das lições que Ele ensinou aos Seus discípulos.



Ele provou ser de fato o caminho, a verdade e a vida. Procurou atrair a mente dos prazeres passageiros desta vida para as realidades invisíveis e eternas. A visão das coisas celestiais não incapacita homens e mulheres para os deveres da vida aqui, mas, ao contrário, os torna mais eficientes e fiéis (Review and Herald, 7 de janeiro de 1890).

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Sexta, 7 de junho

Tardios Para Compreender

A vida estava nEle e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. João 1:4, 5

Cristo foi o fundamento de todo o sistema de adoração judaico, no qual a viva realidade esteve representada – a manifestação de Deus em Cristo. Por meio do sistema sacrifical, as pessoas podem contemplar a personalidade de Cristo e ansiar pelo divino Salvador. No entanto, ao Se revelar entre eles, representando o Deus invisível – pois “nEle, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” (Cl 2:9) –, não foram capazes de discernir Seu caráter divino devido à falta de espiritualidade. Os próprios profetas haviam predito que Ele seria o Libertador. [...] Apesar de Seu caráter e missão terem sido claramente delineados; apesar de vir para os Seus, os Seus não O receberam. Algumas vezes, a divindade irradiava através da humanidade; a glória escapava através do corpo carnal, gerando uma expressão de homenagem por parte de Seus discípulos. Não foi senão depois da ascensão de Cristo para Seu Pai e do derramamento do Espírito Santo sobre os crentes que os discípulos reconheceram plenamente o caráter e a missão do Salvador. Depois de receberem o batismo do Espírito, começaram a perceber que haviam estado na presença do próprio Senhor da glória. À medida que as declarações de Cristo lhes eram trazidas à memória, o espírito deles se abria para compreender as profecias e entender os milagres que Ele operara. [...]
Os discípulos eram então, aos próprios olhos, de muito menos importância do que antes de haverem reconhecido isso. Nunca se cansavam de repetir as palavras e as obras dEle. Muitas vezes eram tomados pelo remorso de sua estupidez, descrença e mal entendimento ao relembrarem as lições do Mestre, as quais não haviam compreendido senão imperfeitamente ao serem proferidas por Ele na presença deles, e agora vinham-lhes como nova revelação. As Escrituras se tornaram um novo livro para eles. [...]

Os discípulos se recordaram do que Cristo havia dito: “Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade” (Jo 17:17). A Palavra deveria ser seu guia e dirigente. Ao estudarem os discípulos os escritos de Moisés e dos profetas que testificam de Cristo, foram postos em comunhão com a Divindade, e aprenderam novamente de seu grande Mestre que ascendera ao Céu para completar a obra que havia iniciado na Terra (Review and Herald, 23 de abril de 1895).

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Quinta, 6 de junho

Transformados Pela Contemplação

Pai, a Minha vontade é que onde Eu estou, estejam também comigo os que Me deste, para que vejam a Minha glória que Me conferiste. João 17:24

Cristo era infinito em sabedoria e, no entanto, julgou melhor aceitar Judas, embora soubesse quais eram suas imperfeições de caráter. João não era perfeito; Pedro negou seu Senhor e, no entanto, foi com homens como esses que a igreja cristã primitiva foi organizada. Jesus os aceitou para que aprendessem dEle o que constitui um caráter cristão perfeito. A ocupação de todo cristão é estudar o caráter de Cristo. As lições ensinadas por Cristo aos discípulos nem sempre se harmonizavam com o modo de pensar deles. [...] O Redentor do mundo sempre buscou conduzir a mente daquilo que é terreno para o que é celestial. Cristo ensinava constantemente aos discípulos, e Suas sagradas lições exerciam influência transformadora sobre o caráter deles. Somente Judas não correspondeu ao esclarecimento divino. Para todos, parecia ser ele justo, no entanto, cultivou a tendência de acusar e condenar os outros. [...]

Judas era egoísta, cobiçoso e ladrão, mesmo assim foi contado entre os discípulos. Possuía um caráter defeituoso, e havia fracassado em praticar as palavras de Cristo. Endureceu o coração ao resistir à influência da verdade; e, enquanto se dava a criticar e condenar outros, negligenciava a si mesmo e alimentava e fortalecia seus naturais maus traços de caráter, até se tornar tão endurecido que foi capaz de vender seu Senhor por trinta moedas de prata.


Animemos nosso coração a olhar para Jesus! Falemos a todos do grande perigo de negligenciar a saúde eterna ao reparar no espírito enfermo de outros, falando a respeito dos defeitos de caráter encontrados naqueles que professam o nome de Cristo. Não nos tornamos mais semelhantes a Cristo ao contemplar o mal, mas sim, semelhantes ao mal que contemplamos.


Lembremo-nos de que nosso grande Sumo Sacerdote está rogando diante do misericordioso trono em favor de Seu povo resgatado. Vive sempre para interceder por nós. [...] O sangue de Jesus está pleiteando de forma poderosa e eficaz pelos que se acham apostatados, em rebelião, os que pecam contra grande luz e amor. [...] Ele não Se esquecerá de Sua igreja no mundo da tentação (Review and Herald, 15 de agosto de 1893).